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Queen The Greatest Live | EP 34: Freddie Mercury (Parte 1)


'Queen The Greatest Live' – A série The Greatest regressa com uma celebração de um ano dos Queen ao vivo.


Eis a nova série dos Queen - Queen The Greatest Live - que durante 50 semanas irá entrar nos bastidores para revelar o que é necessário para criar um espectáculo da banda. A série irá incluir momentos de performances icónicas dos Queen e, acima de tudo, demonstrar a razão pela qual são considerados o derradeiro espetáculo ao vivo.


A presença extravagante de Freddie Mercury em palco foi um fator vital para o estatuto dos Queen como a melhor banda ao vivo do mundo. Na entrevista de arquivo desta semana, o vocalista frequentemente coroado como o derradeiro "Showman" da história do Rock fornece algumas perspectivas fascinantes sobre a forma como a teatralidade visual era uma parte vital de qualquer espetáculo dos Queen.


"É como se fizéssemos a nossa música e depois o juntassemos o entretenimento " Freddie Mercury"


Parte da razão pela qual os Queen são amplamente considerados como o derradeiro espetáculo ao vivo é o facto indiscutível de terem tido um dos maiores Frontmen da história do Rock 'n' Roll. Num especial de duas partes do Queen The Greatest Live, a série volta aos arquivos para obter algumas perspetivas fascinantes de Freddie Mercury.


Perante o espetáculo de Freddie Mercury, a resistência era inútil. Não foi por acaso que Freddie entrou na lista dos melhores Frontmen de todos os tempos da Classic Rock Magazine em 2004 e, como ele explica na entrevista de arquivo desta semana, para emocionar uma multidão num estádio é preciso mais do que uma cópia do material de estúdio. E como Freddie confirma, o lado visual da sua atuação sempre foi essencial.


"As pessoas querem ser entretidas. Seria muito aborrecido se reproduzíssemos nota por nota o que está no álbum", diz Freddie. "Mais-valia as pessoas sentarem-se em casa e ouvirem o álbum. É um espetáculo, é entretenimento, e as nossas canções ganham um significado diferente quando fazemos um espetáculo em palco."


"A teatralidade visual sempre esteve presente em qualquer tipo de entretenimento teatral. Todos os grandes artistas a utilizaram, de uma forma ou de outra, como Jimi Hendrix ou os Stones. Tem de estar presente. É uma forma de entretenimento. É como se fizéssemos a nossa música e depois juntassemos o entretenimento. E eu, pessoalmente, gosto de fazer isso de qualquer maneira. Detestaria ir para o palco e ficar sentado a cantar as minhas canções. Tenho de me mexer. Depende de cada canção. Se houver agressividade numa canção, tenho de a mostrar".


Desde o início, Freddie levou a teatralidade visual mais longe do que qualquer outro vocalista de Rock 'n' Roll antes dele. Como ele reflecte, durante a ascensão dos Queen no início dos anos 70, era possível encontrá-lo vestido de arlequim, a esvoaçar entre o gelo seco com uma túnica de asas de morcego desenhada por Zandra Rhodes ou mesmo a fazer piruetas no palco como uma bailarina. "Naquela altura, introduzir um certo tipo de visual balético no Rock 'n' Roll era uma espécie de ultraje. E eu pensei: "O que é que um público de Rock 'n' Roll muito divertido vai dizer a esta bailarina a dançar? Pensei: "Muito bem, vou cantar as minhas canções de Rock 'n' Roll com um tutu - não me interessa".


À medida que a escala dos espectáculos ao vivo dos Queen crescia ao longo dos anos 70 e dos anos 80, a necessidade de inovar e evoluir tornou-se ainda mais importante. Da mesma forma, Freddie também achava que era vital prestar atenção a todos os pormenores.


"Estamos a aprender muito depois de cada espetáculo e eu pessoalmente pesquiso muito depois de cada espetáculo para descobrir o que está a correr bem, especialmente no que diz respeito às luzes, são luzes muito sofisticadas e podem fazer muito mais. Acho que todos os dias aprendo alguma coisa, sabes, peço ao responsável pela iluminação para fazer algo novo."


"Estamos a intercalar o espetáculo com novas canções. Por isso, sempre que fazemos uma nova canção, temos de ter uma nova luz. Os sinais de luz podem ser diferentes, sabes, para sempre. Se quiséssemos, podíamos ter um espetáculo novo todos os dias".


Durante todo o tempo, no centro de cada apresentação estava um Showman que parecia ganhar a sua energia através da troca de energia entre o público e a banda. "Eu odiaria subir ao palco e apenas sentar-me e cantar as minhas músicas", explica Freddie. "Tenho de me mexer..."


Próximo Episódio: Queen The Greatest Live | EP 35: Freddie Mercury (Parte 2)




Foto: © Queen Productions

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