Queen The Greatest | EP 33: The Magic Tour (Parte 1)
- P.A.
- 30 de out. de 2021
- 4 min de leitura

(Fotografia de Denis O’Regan © Queen Productions Ltd.)
Queen The Greatest: uma celebração de 50 dos maiores momentos da história dos Queen até agora.
Uma série de 50 semanas no YouTube que celebra os momentos-chave da história dos Queen lembrando-nos o porquê da banda e da sua música continuarem a ser amadas em todo o mundo.
Estamos em 1986 e os preparativos estão em andamento para aquela que se tornaria a maior e mais bem-sucedida digressão por estádios feita pelos Queen. Este é o primeiro episódio de uma história de duas partes que vai levar até aos bastidores da Magic Tour, uma digressão que bateu recordes.
“Estranhamente, quando se está habituado a grandes audiências, 100 000 é quase menos assustador em certos aspectos, do que 5000”. Roger Taylor
"Havia uma tendência há alguns anos, com o movimento punk e tudo o isso, em que diziam, ‘Oh, queremos tocar para o audiências pequenas porque queremos um ambiente íntimos, e tudo isso.' Uma completa parvoíce. Quero dizer, todos os que querem ser estrelas querem tocar para públicos maiores." Freddie Mercury.
O episódio de Queen The Greatest desta semana celebra a agora lendária digressão dos Queen pela Europa em 1986 - The Magic Tour.
Rejuvenescidos pela performance no Live Aid que fez história um ano antes, e com o sucesso do álbum A Kind Of Magic, Junho de 1986 viu os Queen voltarem à estrada para aquela que seria a maior série de concertos da carreira dos Queen, embora a banda tivesse tocado em muitos locais antes, parecia que esta digressão os levaria a um novo patamar...
"Vamos tocar no maior palco já construído em Wembley com o maior espetáculo de luzes já visto", disse Roger Taylor aos jornalistas antes da digressão.
A banda faria vinte seis apresentações, entre o Reino Unido, e a Europa ao longo de um período de oito semanas, incluindo o seu primeiro concerto em Budapeste na Hungria.
Tal era a vasta escala e âmbito do empreendimento que a estrutura de palco em forma de ponte exigia que foi necessário contratar os serviços de uma empresa normalmente envolvida na construção de autoestradas e pontes. Os caminhões que transportavam o equipamento percorreram mais de 165,000 milhas, equivalente a dar a volta ao mundo quase sete vezes.
Falando aqui na fase de preparação, a banda abordou o compromisso que estava a assumir, com apenas Freddie a exprimir as preocupações sobre o peso que uma digressão tão massiva teria, mas expressando o seu entusiasmo em apresentar-se para grandes públicos.
Roger Taylor: "Aquilo por que todos nós mais ansiamos neste momento é esta digressão europeia."
John Deacon: "E, de certa forma, isso é um grande compromisso para nós, porque, por vezes, ultimamente, o Freddie tem alguma relutância em ir para a estrada.".
Freddie Mercury: "Já há algum tempo que não fazemos uma digressão. É muito, muito cansativo para mim fazer o que tenho que fazer. Os palcos estão a ficar maiores e tudo isso, e sabes, só quero sentir que estou em forma para fazer estes espetáculos, e não dizer apenas 'Sim vou fazer isso'.".
John Deacon: "Estamos agora a começar a pensar nisso, em ideias para o cenários, a iluminação, esse tipo de coisas."
Entrevistador: "Nesta digressão em particular que estão a fazer, vão subir a um palco de cinquenta metros, que é o maior alguma vez construído para um espetáculo de rock?"
Roger Taylor: “Sim, é um palco absolutamente gigantesco. Foi realmente projetado para lidar com os locais em que estamos atuar. Para obter o melhor desses lugares."
Brian May: "Normalmente, vamos a sítios como um estúdio de cinema, que tem um espaço grande, aberto... Que parece um hangar de aviões... E organizamos tudo, experimentamos todo o material." (...) Porque não nos basta ensaiar, asseguramo-nos de que cada lâmpada, cada cabo esteja instalado, para que tudo seja sujeito a um teste, para que todos os erros possam ser corrigidos antes de começarmos a digressão. É como um ensaio geral."
John Deacon: "Já tocamos há tantos anos que agora, nos sentimos muito relaxados, mesmo a tocar em concertos muito grandes."
Roger Taylor: “Estranhamente, quando se está habituado a grandes audiências, 100 000 é quase menos assustador em certos aspectos, do que 5000”. (...) É uma coisa estranha com a nossa banda, quanto maior o público, melhor parece funcionar. O contato com o público parece ser melhor com públicos maiores."
Brian May: "Assim que se está na digressão, gosto de seguir em frente e fazê-la. Não gosto de ficar parado quando estou em digressão. Gosto de me empenhar o máximo possível, porque assim consegue-se um ótimo ritmo, e entra-se nesse estado de espírito, e a sensação de tocar, toca-se melhor a cada noite que passa, penso eu. Se nos vires no final da digressão, somos muito diferentes do que início da digressão, porque estamos nesse ritmo. (...) Acho que é quase como ser um atleta, simplesmente trabalhar em nós mesmos e não haver mais nada em que pensar, exceto fazer a nossa parte durante aquelas duas horas o melhor que possível".
Freddie Mercury: "Havia uma tendência há alguns anos, com o movimento punk e tudo o isso, em que diziam, ‘Oh, queremos tocar para o audiências pequenas porque queremos um ambiente íntimos, e tudo isso.' Uma completa parvoíce. Quero dizer, todos os que querem ser estrelas querem tocar para públicos maiores."
E como será visto na segunda parte, nas últimas semanas de digressão, os Queen viriam a fazer três dos seus maiores e mais icônicos concertos - demonstrando porque são considerados o melhor espetáculo ao vivo.
Próxima semana: The Magic Tour (Parte 2)
Fonte: Queen Online