Queen - 10 Músicas de Amor
- P.A.
- 13 de fev. de 2021
- 7 min de leitura

Não importa em que fase do relacionamento esteja, os Queen têm sempre uma música para si!
Existem quinze temas dos Queen com “amor” no título, esta foi aliás uma palavra que o nosso Freddie Mercury usou o tempo todo numa conversa. “A maioria das canções que escrevo são baladas de amor e coisas que têm a ver com tristeza, tortura e dor, mas, ao mesmo tempo, é frívola e irônica. Essa é basicamente toda a minha natureza, acho eu. Eu sou um verdadeiro romântico” assim afirmou Freddie a determinada altura.
Em homenagem ao Dia dos Namorados, a uDiscover destacou dez canções de amor dos Queen, incluindo os seus sucessos globais Somebody to Love e Crazy Little Thing Called Love. Essas músicas revelam o verdadeiro espírito da banda e do seu maravilhoso frontman, um cantor que nunca teve medo de mostrar emoção e vulnerabilidade através do seu trabalho.
Para quem gosta de histórias e curiosidades relacionadas com a banda, passamos agora a apresentar, devidamente traduzido para português, a descrição que a uDiscover fez dos dez temas dos Queen sugeridos para o Dia dos Namorados.
Funny How Love Is (1974)
A atitude de Freddie Mercury ao escrever sobre o amor mudou ao longo dos anos, do optimismo de Funny How Love Is (de Queen II o segundo álbum) até meados da década de 1980, quando Freddie escrevia canções ousadas sobre o amor ser perigoso e referindo-se em entrevistas de como a sua própria vida amorosa era semelhante a um jogo de roleta russa.
Funny How Love Is, porém, foi uma reflexão ensolarada e optimista sobre como o amor é onipresente (“love is anywhere you’re bound to be”). Começou nos primeiros cinco takes, como uma música acústica conduzida pelo piano, e evoluiu para uma faixa de "wall of sound" através do amigo e produtor de Freddie, Robin Cable. “Esse álbum foi quando realmente entrámos na produção e fomos completamente mais além”, comentou Roger Taylor. Funny How Love Is foi cantada em exigentes vocais de registro agudo, razão pela qual Freddie se recusou a cantar a música em concertos ao vivo. Embora existam canções de amor mais famosas dos Queen, Funny How Love Is captura a inocência e o optimismo da banda no início de sua carreira.
You Take My Breath Away (1976)
Embora os Queen sejam conhecidos pelos seus sucessos de rock em estádios, eles também são uma banda capaz de ser subtil. Uma das suas canções de amor mais sinceras é a belíssima You Take My Breath Away do álbum A Day at the Races de 1976. Freddie Mercury experimentou a música antes da sessão de gravação no Hyde Park de Londres para cerca 200.000 pessoas. “É um número muito emocional e descontraído. Achei que minha voz não iria soar bem”, lembrou o vocalista dos Queen. Freddie ficou tão satisfeito com a resposta do público, decidindo que a música faria parte do álbum.
Quando Freddie gravou o tema para o álbum, deixou You Take My Breath Away como uma música direta com piano, gravando ele mesmo os vocais em multi-tracking. A simplicidade funcionou como um mimo numa balada lenta e assombrosa sobre a sua necessidade de afecto. “ (...) Podes ser amado por milhares de pessoas e mesmo assim seres a pessoa mais solitária do planeta (...)” - Freddie afirmou sobre a sua comovente balada.
Good Old-Fashioned Lover Boy (1977)
Parte do encanto das canções de amor dos Queen é que, às vezes, elas foram simplesmente criadas para serem divertidas. Freddie e a banda gostavam particularmente do estilo musical ragtime e isso inspirou algumas das suas melhores músicas nos primeiros tempos da banda. A música, que é sobre a emoção de antecipar uma noite de romance, inclui referências ao famoso amante e ícone dos anos 1920, Rudolph Valentino, e faz também referência a beber vinho no icônico hotel Ritz em Londres. Good Old-Fashioned Lover Boy surgiu no álbum A Day at the Races e tornou-se presença assídua nos seus concertos ao vivo no final dos anos 1970. A banda estava de tão bom humor no dia em que esta foi gravada, dando algumas letras adicionais ao produtor Mike Stone.
One Year of Love (1986)
O baixista John Deacon descreveu-se como o "quieto" da banda, mas apesar da sua natureza tímida, possuía um poderoso talento para compor, demonstrado na canção romântica One Year of Love. Tema composto originalmente como parte da banda sonora do filme Highlander de 1986, tendo mais tarde feito parte do álbum A Kind of Magic.
Brian May não tocou nesta canção de amor verdadeiramente arrebatadora. Em vez disso, os poderosos vocais de Freddie são acompanhados pelo saxofone de Steve Gregory, um músico que trabalhou com os Rolling Stones, Geno Washington e Georgie Fame. A sincera entrega de Freddie, adequou-se ao imaginário romântico de John, especialmente em versos potentes como "(...) One sentimental moment in your arms/is like a shooting star right through my heart (...)".
You’re My Best Friend (1975)
John Deacon também escreveu a comovente canção de amor You’re My Best Friend, sobre a sua esposa, Veronica Tetzlaff, uma ex-professora estagiária de Sheffield. “John não escreveu muitas músicas, mas quando o fez, elas foram grandes, grandes sucessos. ‘You’re My Best Friend’ tornou-se uma das faixas mais tocadas nas rádios americanas”, afirmou Brian May.
O single, que foi lançado como seguimento de Bohemian Rhapsody, possui um arranjo no ao estilo Tamla Motown bem como uma brilhante harmonização. Foi um sucesso no Reino Unido e mais tarde atingiu a platina na América, com mais de um milhão de cópias vendidas. A hábil bateria de Roger Taylor, combinou bem com o baixo Fender de John. Deacy também tocou o piano nesta faixa, um modelo Wurlitzer EP-200, enquanto Brian May fez a sua habitual magia com a sua famosa guitarra Red Special. Existe uma versão acelerada de dois minutos no álbum Live Killers de 1979 dos Queen.
Save Me (1980)
Todos os quatro membros dos Queen escreveram canções de amor. E isso inclui canções de separação. Roger Taylor, por exemplo, escreveu o excêntrico I'm in Love with My Car sobre um relacionamento fracassado (“cars don’t talk back”), enquanto Brian May mostrou o seu talento como compositor em Save Me, que aborda um caso de amor que não passava de "uma farsa". Brian também contribuiu com um solo de guitarra emocionante para o tema, que surgiu no álbum The Game, adicionou força a esta comovente canção, tornando-a numa poderosa balada.
Brian disse que escreveu a letra (“each night I cry/I still believe the lie”) para um amigo cujo o casamento terminou em amargura. Mais tarde, Brian usou o nome da música para a sua Save Me Trust, uma organização de caridade que arrecada fundos para a proteção de animais selvagens.
Love of My Life (1975)
“Eu passo por tortura e dor em termos de amor. Acho que é meu dom natural, então é tudo o que quero fazer nas minhas músicas. Eu só quero refletir-me nas minhas canções da melhor maneira que puder”, disse Freddie, citado no livro Freddie Mercury: A Life in His Own Words. Uma das suas canções, de final de relacionamento foi Love of My Life, do álbum Night at the Opera. Acredita-se que seja sobre sua ex-namorada Mary Austin. “É justo dizer que ela era o amor da vida de Freddie”, disse Brian.
A versão de estúdio reflectia as influências da música clássica de Freddie e apresentava Brian May na harpa ("Lembro-me de pensar,‘ Vou forçá-lo a tocar até que os seus dedos caiam!’" afirmou Freddie mais tarde em tom de brincadeira). A dupla transformou a música para versões ao vivo, com Freddie frequentemente a cantar a solo com Brian a tocar uma guitarra de 12 cordas. “Sempre que tocámos Love of My Life, o público sabia instintivamente que a tinha de cantar”, disse Freddie. “É incrível assistir. Eu não precisava de lhes dizer: eles simplesmente sabiam automaticamente o seu papel. Gosto que o público responda assim.”
I Was Born to Love You (1995)
O vocalista dos Queen afirmou que escrever sobre o amor era "na verdade ilimitado" e ele acreditava que duas das suas canções de amor mais apreciadas - I Was Born to Love You e Love Me Like There No Tomorrow - eram do seu álbum a solo de 1985, Mr. Bad Guy. Freddie disse que ambas eram canções muito pessoais, cheias de emoções fortes. Brian concordou com a avaliação de Freddie e disse que estava "obcecado" em criar uma nova versão dos Queen da canção anterior após a morte de Freddie Mercury em Novembro de 1991.
Em 1995, os restantes membros dos Queen trabalharam em I Was Born to Love You para o álbum Made in Heaven, adicionando novas partes instrumentais aos vocais originais e transformando a faixa com influência da música disco num sucesso de rock. “A versão dos Queen foi montada como uma faixa ao vivo ‘virtual’, usando os vocais espectaculares de Freddie como fio condutor central”, acrescentou Brian. “Roger, John e eu tocámos as nossas partes ao vivo, num modelo reorganizado que eu montei - completado com alguns acréscimos ao arranjo, tomando algumas liberdades com os vocais e chegando mesmo a utilizar alguns improvisos de Freddie para adicionar a sensação de que era uma gravação da banda ao vivo.” I Was Born To Love You dos Queen é uma alegre recordação do entusiasmo de Freddie pela vida.
Somebody to Love (1976)
As acrobáticas harmonias vocais dos Queen, atingiram o seu ápice no hit Bohemian Rhapsody - apesar de Somebody to Love, do álbum A Day at the Races, ocupar um segundo lugar muito próximo do primeiro. Freddie Mercury disse que queria escrever uma canção de amor em "modo Aretha Franklin", e o resultado foi a infusão de gospel Somebody to Love, com letras extravagantes e arrebatadoras sobrepostas com precursões rápidas e rítmicas, piano e baixo.
"Somebody to Love é um grande número de produção - muito, muito orientado para os vocais, um aspecto bastante marcante dos Queen”, disse Freddie. “É por isso que Somebody to Love é espectacular de se tocar ao vivo. Digo-te, isso é algo que te deixa muito nervoso, a primeira vez que tocámos essa música, tocámo-la tão rápido pois só queríamos despachá-la. Esse tipo de temas precisam de ser arranjados de maneira diferente. Quero dizer, como poderias recriar um coro gospel de 160 integrantes no palco?”
Crazy Little Thing Called Love (1979)
Freddie Mercury adorava Elvis Presley e ficou particularmente feliz quando Crazy Little Thing Called Love chegou ao primeiro lugar nos tops na América. “Freddie gostava muito de Elvis. De certa forma, é o tributo do Freddie ao Elvis”, disse Brian, que tocou guitarra eléctrica na música e bateu palmas com seus companheiros de banda, Roger Taylor e John Deacon.
Freddie disse que a canção levou menos de dez minutos a ser escrita, enquanto ele tomava um banho de espuma no Bayerischer Hof Hotel, em Munique. Mais tarde, depois de dar uma volta pelo Festival da Cerveja de Munique com o produtor Reinhold Mack, voltaram ao Musicland Studios e elaboraram uma versão em bruto para o álbum The Game. Quando o resto da banda apareceu, adorou a demo e em poucas horas lançaram a versão final de uma magnifica peça de música pop dos anos 1950. “As minhas canções são canções de amor comerciais e gosto de colocar o meu talento emocional nisso. Eu escrevo músicas assim porque basicamente o que sinto fortemente é amor e emoção" disse Freddie. Crazy Little Thing Called Love é uma música que levanta o ânimo e faz qualquer um dançar.
Destas dez músicas, acham que falta alguma mais alguma balada de amor dos Queen?Assim de repente lembramo-nos de Too Much Love Will Kill You, ou I'ts a Hard Life.
Fontes: uDiscover | Queen Online