É com uma grande alegria que anunciamos mais uma colaboração com o Queen Portugal… desta vez apresentamos a Cláudia Nunes, que nos vem falar sobre a sua paixão pelas Queen e o que tudo isso significa...
Para os Queen há sempre espaço. Haverá sempre. Algures no tempo ficou na minha memória um anúncio do Ballantine’s dos anos 90.. a música dizia algo estilo “You can be anything you want to be (...) surrender your ego be free...” depois havia cavalos, lamaçal e um guarda-redes no final, Ballantine’s. Anos e anos sem saber que se tratava de “Innuendo”.
Quando comecei a ouvir Queen a identificação foi imediata, aquelas “vozinhas de fundo”, várias referências astrológicas no logótipo, e as letras ... que me rasgavam e punham a pensar. Meu Deus… amor à primeira vista!
Nenhum dos meus amigos partilhava o meu entusiasmo, infelizmente um mal geracional da maioria de quem nasceu nos anos 90; então eu sentia-me um alien, orgulhosamente um alien que escrevia no pulso com caneta de acetato “my soul is painted like the wings of butterflies”, na pressa dos dias de adolescente, entre uma aula e outra.
Em 2016 quando surgiu a oportunidade de os ver, com o Adam Lambert nem hesitei... lembro-me como se fosse hoje: O Mika deu um espectáculo maravilhoso, incluiu até a Mariza, mas eu só queria que acabasse, eu só queria os Queen e tinha o coração a 200bpm. Vejo a bateria da banda do Mika a ser substituída pela do Roger Taylor... o símbolo no pano de veludo... o símbolo que em si se impõe maior do que todos ..
Os primeiros acordes da “Flash's Theme”... a minha boca ficava seca e eu lutava para que aquele “piquinho” no nariz não se transformasse numa lágrima, entre o fogo de artificio no céu, que parecia comemorar a vida e obra de Freddie Mercury, o meu namorado sussurra-me : “Onde quer que ele esteja, está a ver isto…” E eis que a minha banda favorita surgiu na minha frente como nos DVD’s e no YouTube ...
Os Queen ajudaram-me a crescer, ajudaram-me a escrever melhor, a não ter preconceitos. Fizeram-me ter contacto com quem eu de facto sou, fizeram-me perceber que não fazia mal eu não me encaixar na sociedade e no que ela esperava que eu fosse, ajudaram a definir-me e a ser um alien orgulhoso . Os Queen fizeram de mim uma pessoa melhor.
Fico contente, que o Bohemian Rhapspdy tenha sido nº1 um pouco porto do o mundo, e que os Queen estejam a conseguir trazer a sua música à minha geração e ás posteriores, e desejo que consigam fazer mais pessoas melhores!