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  • 24 de fev. de 2022

Nascido a 24 de Fevereiro de 1948 em Ealing, Inglaterra, hoje Tim Staffell completa o seu 74.º aniversário.


Tim é músico e também designer, um nome incontornável na história dos nossos Queen.

Com Brian May e Roger Taylor, Tim fez parte dos Smile a banda embrião do nosso amado grupo.


Tal nos conta o filme Bohemian Rhapsody, Tim Staffell abandou os Smile, decisão que mudaria para sempre a história de toda a música...


Parabéns Tim!


2018 foi um ano estrondoso para a comunidade Queen Portugal e, em 2019, queremos continuar a contar convosco!

Este ano iniciou-se com uma estreia importante na nossa comunidade - o novo portal do Queen Portugal - foi lançado a 5 de Fevereiro, com um novo design e conteúdos renovados, além de actualizações permanentes. Nesse mesmo dia os Queen e Adam Lambert anunciavam uma nova digressão europeia.


Ao mesmo tempo que iniciavam uma digressão (já anunciada em 2017) com 11 concertos pela Nova Zelândia e Austrália, a 19 de Fevereiro o Queen Portugal era o primeiro órgão nacional a anunciar o regresso dos Queen + Adam Lambert a Portugal, após o estrondoso sucesso no Rock in Rio Lisboa em 2016.

Este regresso a Portugal da banda trouxe-nos uma vaga de novos membros, catapultando também o Queen Portugal além-fronteiras. Uma das histórias que mais nos encheu de emoção e orgulho foi a do pequeno Kiko, que guardaremos para sempre nas nossas memórias.


Recordamos também que este ano os One Vision completaram o seu 12º Aniversário. Aproveitando este aniversário, e estivemos à conversa com a banda colocando 12 perguntas aos seus elementos, uma por cada ano de vida. Na senda dos tributos recordamos que este ano marcou ainda o regresso dos Queen Extravaganza aos palcos.


Em Abril, o nosso País via-se contemplado com um artigo exclusivo dos Queen, o Fan Pack News Of The World.

O dia 5 de Junho de 2018 será para sempre um dos dias mais importante desta Comunidade, se não mesmo o dia mais importante do Queen Portugal… tivemos a oportunidade de nos apresentar a Spike Edney, Roger Taylor e Brian May. Transmitimos toda a nossa admiração pessoal por eles e pela banda, como também fizemos sentir a paixão da nossa Comunidade. A banda reconheceu o nosso trabalho e foi brindada com os nossos cachecóis que, orgulhosamente (para nós), ostentaram para as habituais fotografias, sempre com uma simpatia extrema para connosco.


A sabedoria pessoa diz para nunca conhecermos os nossos heróis, porque eles vão desiludir-nos, mas o Queen Portugal pode garantir que não foi isso que aconteceu. Não só Brian, Roger e Spike foram de uma simpatia extrema, como interagiram e mostraram interesse, não tendo apenas feito "um frete". A eles o nosso muito obrigado!


Dois dias depois, a 7 de Junho aconteceu o tão esperado concerto. E tão especial que foi… foram os Queen a serem Queen, em palco próprio, com luzes próprias, um cenário verdadeiramente Queen, e se no Rock In Rio foram mais pessoas, nesta noite na Altice Arena foram mais de fãs dos Queen, o ambiente foi único de Tear It Up até à God Save The Queen todas as músicas da melhor banda de sempre foram cantadas!

Tivemos a companhia de um amigo mexicano, Pierrot, que nos acompanha via web, e visitou o nosso país, depois levou consigo as cores do Queen Portugal no seu percurso por outros países onde viu a banda, tendo também colocado o nosso cachecol na estátua do nosso Freddie na Suíça. Por isso e muito mais, terá sempre um lugar no nosso coração!

Tivemos o Francisco, que com 18 anos, conheceu os Queen sozinho e sozinho fez a viagem da Guarda a Lisboa e veio ver a sua banda preferida!

Os Queen são isto mesmo, o transcender fronteiras e gerações. E se a expectativa era grande, o concerto superou essas expectativas. Não só o público português foi presenteado com a habitual qualidade que os Queen providenciam nas suas actuações, como o próprio público português esteve à altura do acontecimento, tendo sido elogiados por Brian, quando este disse que a versão de Love Of My Life cantada em Portugal, poderá mesmo ter sido a melhor de sempre.

Este mágico concerto dos Queen + Adam Lambert foi preparado por nós como nunca antes, e a euforia de todos os apaixonados pela banda inspirou a nossa Comunidade ao desenho de um cachecol alusivo à data. O sucesso desse cachecol foi tremendo e avançamos para a criação de uma t-shirt igualmente alusiva ao concerto e inspirada no robot Frank. Nem nos nossos melhores objectivos julgaríamos que seriam feitas tantas edições dos materiais, ao ponto da última edição de cachecóis e t-shirts ter sido estampada uma semana antes do concerto, tal a procura existente. A visibilidade destes materiais foi tal, que muitos fãs nos solicitaram um exemplar antes e após o concerto. Não poderíamos deixar a Comunidade decepcionada e partimos então para uma última edição, acompanhada de uma nova t-shirt com um design totalmente novo, que continha consigo toda o alinhamento de 7 de Junho e a emocionante frase do nosso Brian – “Obrigado, lindos portugueses por provavelmente a melhor interpretação da Love Of My Life da minha vida!!! BRI X ”.

Uma palavra de profunda gratidão para a Altice, que foi um parceiro fundamental no nosso crescimento este ano, sendo a primeira “grande marca” a acreditar no nosso trabalho, oferecendo-nos um bilhete “The Ultimate on Stage VIP Experience”, o qual sorteamos pela nossa Comunidade, este bilhete mágico permitiu ao vencedor visitar o backstage, receber uma t-shirt da tour (entre outros gifts) e ver o concerto em palco, lado a lado com os seus grandes ídolos.


Se após o dia 7 de Junho o nosso entusiasmo com todo o sucesso e crescimento da Comunidade era pleno, o que o filme “Bohemian Rhapsody” nos iria trazer estaria uma vez mais longe dos nossos melhores sonhos…

Ainda antes do filme, o Queen Portugal, em estreita colaboração com o Hard Rock Cafe Porto e com o Hard Rock Cafe Lisboa, organizou no dia 5 de Setembro os dois maiores “Freddie For a Day” de sempre em Portugal.


Desde sorteios de t-shirts a entradas especiais, de projecções do Live Aid a ofertas de bilhetes para a antestreia de “Bohemian Rhapsody”, passando por decorações de ambos os espaços, nunca em Portugal um 5 de Setembro foi tão celebrado…e tudo graças a vocês pessoal!

Embalados no êxito do FFAD, e graças à oportunidade que a FOX nos deu de celebrarmos uma parceria, muito obrigado FOX pela confiança! Começámos então a tratar de toda a promoção de “Bohemian Rhapsody”… Portugal teve o maior destaque num vídeo promocional da FOX dos vários 5 de Setembro pelo mundo, e o Queen Portugal estava lá!


A responsabilidade era enorme porque queríamos que o filme fosse um sucesso absoluto, estando a apostar num “projecto” sem saber de antemão de toda a qualidade do mesmo. Depois de estarmos presentes na antestreia para a imprensa, ficámos 100% convencidos que iria ser um sucesso… e foi… são já 460 mil os que viram o filme dos Queen!

Sorteámos, na nossa página de Facebook, entradas para a antestreia do filme, tanto a Norte como a Sul, e depois disso seguimos para a rua ao vosso encontro com a “Bohemian Rhapsody Tour”, com paragens em Lisboa e Porto acompanhados pelos nossos “Freddies”, oferecendo entradas para a antestreia do filme.


Ao todo distribuímos 80 bilhetes duplos pela Comunidade, ou seja, 160 fãs dos Queen puderam assistir às antestreias no Colombo e no MarShopping!




Toda a onda criada à volta da estreia da biopic de Freddie Mercury levou, pela primeira vez na nossa história, o Queen Portugal às rádios: estivemos presentes na Rádio Comercial no Hollywood Express, e depois através do nosso cachecol que fez parte de um vídeo promocional da Comercial, seguidamente a convite da Rádio Renascença dois dos nossos administradores participaram numa brincadeira muito engraçada…. O nosso profundo agradecimento a todas as pessoas que tornaram tais feitos para nós possíveis!


Em Novembro tivemos a oportunidade, por sugestão no nosso membro John Aguiar, de entrevistar Tim Staffell, o vocalista dos Smile, banda que antecedeu os Queen e que tinha como membros Brian May e Roger Taylor. A simpatia e disponibilidade deste, é algo que apreciamos e mostramos o nosso mais profundo agradecimento. Foi uma experiência enriquecedora e algo que nos orgulha imenso. Poder interagir com alguém que antecedeu os Queen é igualmente surreal e nunca o esqueceremos. O nosso muito obrigado Tim!


Este ano permitiu ainda pela primeira vez na nossa história celebrar parcerias com grupos de fãs internacionais, algo que nos enche de orgulho.

2018 foi o ano em que Bohemain Rhapsody passou a ser a música mais ouvida de sempre, neste ano a nossa página no Facebook, local onde se passa a maioria da nossa actividade, num ano passou de cerca de 3000 seguidores para quase 10 000, e tudo graças a vocês - os fãs Portugueses dos Queen, que nos acompanham nesta missão de ajudar a manter vivo todo o legado da melhor banda de sempre!

A nossa responsabilidade para 2019 é enorme, queremos dar continuidade a todo este trabalho, continuem connosco… as novidades não vão parar e Setembro terá muitas surpresas…

OBRIGADO FREDDIE! OBRIGADO BRIAN! OBRIGADO ROGER! OBRIGADO JOHN! OBRIGADO SPIKE! OBRIGADO ADAM! OBRIGADO ALTICE! OBRIGADO HARD ROCK CAFE LISBOA! OBRIGADO ONE VISION! OBRIGADO HARD ROCK CAFE PORTO! OBRIGADO A KIND OF QUEEN! OBRIGADO FOX! OBRIGADO COMERCIAL! OBRIGADO RÁDIO RENASCENÇA! OBRIGADO A TODOS VOCÊS QUE NOS SEGUEM, OBRIGADO PESSOAL!

  • 20 de nov. de 2018


Tim Staffell conheceu Brian na Hampton Grammar School em Middlesex e foi o vocalista da banda de miúdo de Brian, chamada 1984. Esse grupo durou cerca de quatro anos e tem no seu currículo o facto de ter sido banda de abertura para Jimi Hendrix na Kensington Imperial College (onde Brian estudou astronomia depois de deixar Hampton). Tendo sido o bebé de Brian, os Smile foram um salto gigante na direcção que os 1984 queriam, que era ser uma banda profissional. "O Brian colocou um anúncio para um baterista no placard da associação de estudantes na Imperial e o Roger apareceu", relembra Tim, que estava a estudar grafismo na Ealing College of Art, umas milhas a Oeste da Imperial.



Uma audição no apartamento de Roger em Sheperds Bush veio pouco depois. "O Roger foi excelente, um bom baterista", diz Tim. "Ele era confiante e extravagante. Eu adorei a maneira como ele se levantava e tocava no prato e o parava imediatamente. Ele também era engraçado. Um bom rapaz". "Pensámos que ele era o melhor baterista que alguma vez tínhamos visto", Brian disse desde então. "Eu vi-o a afinar a tarola - algo que nunca tinha visto antes - e lembro-me de pensar o quão profissional ele parecia".


FONTE: BRIANMAY.COM


O Queen Portugal teve a excelente oportunidade de entrevistar Tim Staffell, conhecido no mundo dos Queen como o vocalista dos Smile, a banda que contava com Brian e Roger e que antecedeu os Queen.


Foi também amigo de Freddie Mercury na faculdade e sem isso, talvez os Queen não teriam existido. O nosso muito obrigado ao Tim pela sua simpatia e disponibilidade. Foi uma honra para nós, estarmos à conversa com alguém que faz indubitavelmente parte da história dos Queen.


Um agradecimento especial ao nosso seguidor John Aguiar, que nos alertou para a possibilidade de um contacto com o Tim. Esperemos que gostes da entrevista, John!



Queen Portugal (QPT) - Como está, aMIGO? (“Amigo” é a palavra portuguesa para “friend”)


QPT - No tempo dos “Morgan” lançaram o álbum “Nova Solis”.

• Gostou de gravar esse álbum?

• Como é que ouve esse álbum 46 ​​anos depois?


Tim Staffell (TS) - Gravamos não só 'Nova Solis' como o seu sucessor 'Brown Out' nos estúdios RCA, em Via Tiburtina, Roma. Fomos tratados com muito respeito e encorajados a tirar o máximo proveito dos estúdios. Com o álbum “Nova Solis” acho que talvez tenhamos sido um pouco mais contidos... mas foi, de muitas formas, uma curva de aprendizagem técnica e realmente aproveitamos ao máximo a experiência... divertimos-nos muito a gravar. Quase meio século depois, naturalmente, há aspectos que parecem ultrapassados. Lembro-me de ter amortecido a bateria com fita adesiva e cobertores para restringir o seu ambiente... certamente que não faria isso hoje; também acho que poderíamos ter gravado as vozes de forma diferente mas é claro que estamos a falar da era pré-digital, numa época em que estávamos a gravar na Studer Machines que utilizava bandas magnéticas de 50 mm (2 ”) ... havia muitos problemas de incompatibilidade em relação aos sistemas anteriores ...


QPT - “Nova Solis”foi reeditado em 2009 em CD.

• Como sente o poder de permanência do álbum?


TS - Estou a ouvir de novo no Spotify enquanto eu escrevo isso... Aguentou-se bem, pelo menos em termos de originalidade de conceito, eu acho… Estou orgulhoso de ambos os trabalhos.


QPT - Também gravou “Brown Out” que apenas foi lançado depois da dissolução da banda com o novo nome “The Sleeper Wakes”.

• Porquê a mudança de nome e o que pensou da editora não ter lançado, na altura, esse álbum?


TS - A história por trás do nome do álbum no primeiro lugar, foi que, durante o período do nosso contrato, começamos a sentir que a administração da RCA estava a perder o interesse em nos promover; certamente houve uma relutância da parte deles em tentar entender o mercado do "rock progressivo". O nosso contrato era para dois álbuns, então sabíamos que 'Brown Out' seria o último... 'Brown Out' era/é uma expressão coloquial do nosso vocabulário que significa fracasso… então insistimos que fosse assim chamado. Também persuadimos o fotógrafo que a RCA lhe tinha encomendado produção da capa do álbum, que nos fotografassem com as nossas calças em baixo, a mostrar o rabo para a câmera... e foi o que ele fez. Só que a gerência ficou indignada. Eu acho que foi a última gota. O nosso contrato acabou e não lançaram o álbum. Mais tarde, quando tal aconteceu, já não havia mais a necessidade de considerar o título como uma expressão de negatividade, então "The Sleeper Wakes" parecia uma referência perfeita para o álbum ter aparecido depois de todos esses anos.


QPT - Tornou-se um fabricante de modelos para o programa infantil "Tomas The Tank Engine & Friends" (actualmente Thomas &Friends).

• Ficou satisfeito com o tempo em que trabalhou no programa?


TS - Eu era o fabricante supervisor de modelos da primeira série do programa; a minha equipa estabeleceu o aspecto e a sensação visual. Eu despedi-me da empresa antes do começo da segunda temporada; Eu não queria repetir a experiência do primeiro ano... Foi muito divertido mas queria tentar algo novo... Ofereceram a oportunidade de realizar anúncios de televisão para uma produtora concorrente e aí eu aproveitei a oportunidade.


QPT - “Nova Solis” teve uma faixa homónima que tinha uma orientação espaço/ficção científica e o Tim também trabalhou no programa ““The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy”.

• Pode falar do seu interesse sobre o assunto do espaço/ficção científica e a influência que este tema teve na variedade de coisas em que trabalhou ao longo da vida?


TS - Eu era um ávido leitor de ficção científica desde muito novo. Quando eu tinha 14 anos, possuía bem mais de 1000 livros, todos de ficção científica. Tive as obras completas de Isaac Asimov, Robert Heinlein, James Blish, Frederick Pohl e muitos mais... Sempre preferi ler ficção científica sobre qualquer outro tipo de ficção, embora, claro que existem escritores como Raymond Chandler, Dashiell Hammett, John Le Carré, etc, que trabalham em diferentes géneros e não podem ser ignorados... mas é uma preferência pessoal. O meu trabalho favorito de todos tem que ser a série de livros "Known Space" do americano Larry Niven e claro, seu magnífico romance "Ringworld". Actualmente, aprecio as obras de Neal Asher. Hoje em dia não escrevo tantas letras de ficção científica, mas escrevi um romance de ficção científica chamado "Hidden Planet", que está disponível no Kindle.


QPT - “aMIGO” tem um som muito diferente de “Gettin’ Smile ”.

• Consegue encontrar algum tipo de ponte entre eles?

• Como se sentiu ao editar um álbum mais de 30 anos depois dos Smile?

• Gostou de regravar “Earth” e “Doin’ Alright ”com Brian?

• Como foi a experiência depois de tantos anos? Sentiu que estava novamente nos “Smile”?


TS - Claro, isso vai de encontro muito próximo às razões pelas quais deixei os “Smile” em primeiro lugar, e as direcções que a minha música tomou desde então... Por um lado, existem diferenças fundamentais entre a forma como eu componho em relação aos Queen (tanto quanto eu posso ver). Também porque eu queria desenvolver a minha música de forma a que ela desse oportunidade a todos os músicos para poderem improvisar. Algures no final dos anos setenta, comecei a escrever material que permitia fazer isso ao vivo. Todos os músicos poderiam ter solos (às vezes vários solos) sobre passagens que foram deliberadamente criadas para o efeito. Uma música podia mudar radicalmente de uma noite para a outra em concertos ou em turnês. O material era fluido, mutável e altamente inesperado... isso, na minha opinião, tornava-se mais satisfatório de tocar e desafiou a capacidade dos solistas para criar variações melódicas verdadeiramente interessante. Neste seguimento, era um excelente campo de treino para todos. Durante as gravações de "aMIGO", decidi fazer metade dele com músicas do passado e metade com material novo. Então incluímos "Earth", "Doin 'Alright", "Stray", "Country Life", "‘Why Can’t We Be Free" dos velhos tempos. O resto foi contemporâneo ... Tudo teve um novo tratamento ... acho que aMIGO saiu muito bem e é claro que eu tinha a vantagem adicional de ter o Brian a contribuir para essas duas faixas dos Smile, e também o Snowy White e o Morgan Fisher.


QPT - Referiu que o álbum “Two Late” quase não foi lançado “por muitas razões e nenhuma”.

• Pode revelar que tipo de problemas quase impediram de o lançar?

• Como está a ser a recepção ao álbum?


TS - Bem, principalmente foi apatia. aMIGO vendeu razoavelmente bem, e parecia ter recebido criticas muito positivas. No entanto, a realidade é que provavelmente não foi promovido para um mercado suficientemente amplo e, para ser justo, talvez o estilo não seja exactamente o que as pessoas estavam/estão interessadas... então isso significava que não havia urgência real para lançar “Two Late”. Depois, porque não havia um forte sentimento de que seria financeiramente viável... acabámos por ficar com ele parado. Estávamos, na verdade, no processo de o lançar quando o envolvimento em Bohemian Rhapsody estava a ser considerado, então tornou-se importante acelerar as coisas... não tínhamos uma capa, por exemplo, e nós não íamos necessariamente dar-lhe novo tratamento... No entanto, acabámos por fazê-lo... e fico feliz, porque realmente aumentou a fidelidade do trabalho. Estou muito satisfeito com a capa também. Talvez seja um pouco cedo para dizer se a recepção será positiva. O interesse inicial é forte mas mais uma vez depende se as pessoas aderem ao estilo.


QPT - Já lemos que está a trabalhar no teu terceiro álbum A solo, que tem o título “ZeroMargin"

• Como vai isso?

• Pode dizer-nos sobre o som que que quer que tenha, em termos de estilo?


TS (risos) ... A palavra circula! Sim, embora ainda seja cedo, tenho 10 novas músicas pelas quais estou muito excitado, acho que são as melhores que já escrevi... e estou a procurar alagar o âmbito do tratamento desta vez... Considerando que tanto "aMIGO" como "Two Late" usavam músicos cujas sensibilidades se fundiam com jazz, gostaria de começar a incluir instrumentos diferentes para músicas diferentes. Espero usar mais ou menos a mesma banda, mas não descuro a hipótese de talvez incluir algum violino, um acordeão… Ampliar a área de trabalho, se me faço entender.


QPT - Os nossos seguidores conhecem-no principalmente do teu tempo nos Smile, a banda com Brian e Roger, antes da formação dos Queen.

• Que recordações tem desses tempos?

• Que pensava de Brian e Roger como músicos? Essa opinião mudou? Se sim, como?

• Como viu o sucesso que Brian e Roger tiveram com os Queen?

• Arrependeu-se de ter tomado a decisão de deixar os Smile?

• O que pensa de Freddie?

• Como se sentiu quando o abordaram para gravar “Doin 'Alright” para o filme Bohemian Rhapsody?

• O que achou do filme?


TS - É importante lembrar que os Smile existiam quando eu tinha vinte anos... Na minha experiência há um ponto de estabilização em por volta dos 23-24 anos de idade... Eu vi isso com meus próprios filhos e outras pessoas. Qualquer coisa antes disso é firmemente classificado como "formativo"... Ahah... então eu prefiro pensar que durante esses anos nós estávamos naturalmente numa fase experimental das nossas vidas. Todos nós tínhamos um grande respeito mútuo e eu gostaria de pensar que continua a ser assim... podemos ter caminhos separados, mas somos todos profissionais dentro das nossas respectivas vidas, e reconhecemos isso uns nos outros...


Naturalmente eu estava com inveja do sucesso que os rapazes tinham com os Queen, mas eu relembrava a mim mesmo sempre que eu detestava completamente andar em turnê. Eu odiava (algumas pessoas adoram... Snowy White adora, acho eu) .. o facto de eu ter optado por um estilo de vida mais estático, significou que as recompensas financeiras não estavam lá, o que é irritante, mas a minha paz de espírito raramente foi abalada!


Como já disse antes, eu queria fazer um tipo diferente de música e não me arrependo dessa decisão, porque eu consegui tocar com óptimos músicos ao longo dos anos.


Estarei sempre triste com o que aconteceu ao Freddie. Embora raramente o visse depois dos tempos de faculdade, sei que teríamos permanecido amigos muito próximos por causa da nossa ligação na faculdade. Foi uma tragédia absoluta ele ter morrido tão novo, não só por causa da maravilhosa contribuição que ele deu ao mundo da música, mas também porque ele era uma pessoa fantástica e não o merecia.


Fiquei muito lisonjeado e honrado por ter sido convidado a participar no filme, e também um pouco apavorado, porque o que fizemos aconteceu há cinquenta anos atrás, e eu não tinha ideia se tinha ou não capacidade de o voltar a fazer... Mas ficou bem!


Adorei o filme... havia muitas coisas que eu já conhecia, mas não entendia o contexto, e o filme clarificou tudo. Estou ciente de que existem algumas liberdades tomadas com a ordem cronológica e a natureza dos eventos, mas como já realizei filmes, respeito totalmente a visão de um realizador (e uma visão do editor) das coisas. Na minha opinião, Brian Singer/Dexter Fletcher realizaram um óptimo trabalho!


QPT - Alguma mensagem final para os fãs dos Queen portugueses? Como e onde é que as pessoas podem segui-lo e ao seu trabalho?


TS - Eu sou um grande fã de Portugal. Há trinta anos gravei anúncios de TV em Lisboa e há vinte anos atrás eu passei vários meses lá a trabalhar numa instalação na Expo 98. Nunca mais regressei, mas Portugal está na minha lista para visitar novamente em breve.


Cuidem-se e sejam todos abençoados!


O meu site: timstaffell.com

- Two Late:

- Stream/download: ffm.to/timstaffell

- Comprar CD autografado: timstaffell.bandcamp.com

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SOBRE NÓS:

O Homem, por si só, não consegue viver isolado. Os seres humanos precisam de comunicar, expressar… precisam que a sociedade lhes garanta uma estrutura onde ele se revejam. As comunidades são importantes porque acolhem, protegem e permitem a partilha. São micronações reguladas de forma endógena pelo interesse no bem comum e o Queen Portugal é tudo isto sendo que o nosso bem comum são a melhor banda de rock de todos os tempos: os Queen.

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