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No passado dia 16 de Novembro, Brian May deu uma entrevista à revista Variety, que poderão ver abaixo.


Com o lançamento da box set de The Miracle – uma reedição alargada com 8 discos, do álbum de 1989 – os fãs não terão apenas acesso a temas nunca lançados, mas poderão espreitar o processo de trabalho da icónica banda.


Enquanto que a edição de colecionador inclui temas como Face It Alone e Too Much Love Will Kill You (que seria suposto integrar o álbum, mas que foi removida em cima da hora), o grande bónus desta box são os diálogos das sessões de gravação de 1988. Ouvir o riso, as provocações e queixas, durante a criação de The Miracle – gravado depois do diagnostico de HIV de Freddie. Ouvir estes momentos produz um prazer comparável a ver o documentário dos Beatles Get back, produzido por Peter Jackson e à sua riqueza de brincadeiras saudáveis e bem-humoradas.


"Ao ouvir os nossos diálogos no The Miracle, sinto como se estivesse no meio das nossas sessões – descobrindo alegria, descobrindo frustração” diz o guitarrista dos Queen, Brian May, quando telefona de Londres. "Essa era a intenção: convidar as pessoas para o ambiente do nosso estúdio nesse ponto no tempo."


Mas The Miracle não é a única coisa na mente de May – abaixo ele menciona uma possível digressão de Queen (mais) Adam Lambert em 2023 e fala sobre o lançamento de uma versão alargada do seu EP Star Fleet Project lançado em 1983 com Eddie Van Halen.


May fala também carinhosamente sobre Brendon Urie dos Panic! At The Disco e do baterista de Foo Fighters, Taylor Hawkins – cujos recentes concertos memoriais contaram com a presença do guitarrista dos Queen – bem como sobre o espanto que continua a sentir quando confrontado com os talentos do seu amigo – Freddie Mercury.


Entrando no The Miracle, os quatro decidiram, que daí para a frente, iriam partilhar os créditos de forma igual. Essa era uma estreia. O que levou a banda a essa decisão?

Foi uma decisão interna, parte do nosso processo de crescimento, penso eu. Nós percebemos, cada vez mais, que o facto de sermos competidores era bom para a nossa criatividade, mas muitas vezes era prejudicial para tomarmos as decisões certas e conseguir o máximo uns dos outros. Então, decidimos partilhar os créditos de escrita e fez uma grande diferença para nós. De repente, não parecia que estávamos a trabalhar no bebé de outra pessoa. Estavas a trabalhar em algo partilhado, no qual todos tinham algum interesse. Deu-nos uma nova energia, acendeu uma nova chama no nosso processo criativo.


Este novo processo criativo começou no final de 1987, um ano em que a banda começou a considerar onde estava, mentalmente e fisicamente. Como eram as discussões inciais?Onde estavam as vossas cabeças, ou a do Freddie, nesse ponto?

É difícil levar a minha mente de volta a essa altura. Eu sei que tínhamos tido uma grande aventura fora da banda antes daquele momento. E estamos todos preparados para colaborar, e tirar total partido do facto de sermos maiores juntos do que a soma das nossas partes. O escrever juntos era uma coisa, mas nós percebemos o quão bem tínhamos trabalhado juntos. Aquela química, era rara, preciosa e não era algo que poderias ter montado artificialmente. Pela graça do senhor, nós tínhamo-nos encontrado com talentos que se complementavam. Então coisas como Was It All Worth It são bastante interativas de uma maneira em que não tínhamos sido durante anos. Nós apenas nos lançámos, ficámos muito entusiasmados e divertimo-nos.


Então, os Queen de 1987-1988 eram apenas quatro rapazes a improvisar à volta de um microfone?

Absolutamente. Totalmente interativo. Todos na mesma sala ao mesmo tempo. Foi muito entusiasmante. Houve muitas coisas que fizeram com que parecesse a altura em que estávamos a gravar o primeiro álbum. Muitas contribuições. As coisas cresceram no estúdio. A box destaca isso porque ouves o processo criativo – nós estamos a dar tudo – de outtakes significativos, letras alternativas, tentativas de solos diferentes e takes vocais, a quantidade de discussões saudáveis. Ouves a sua evolução. E há um álbum inteiro do que poderia ter sido, em oposição ao que se tornou.


Vocês incluíram as brincadeiras e diálogos das sessões como parte da Box de “Miracle”, mostrando o processo dos Queen nos bastidores de uma forma que faz lembrar o “Get Back” de Peter Jackson. Os quatro a falar de uma maneira tão pessoal é uma escuta comovente.

Essa é uma boa comparação. Eu gostei de ver o “Get Back”, e ouvir as conversas dos Beatles. Agora, ouvir os nossos diálogos no “The Miracle”, sinto como se estivesse no meio das nossas sessões – descobrindo alegria, descobrindo frustração. Essa era a intenção: convidar as pessoas para o ambiente do nosso estúdio nesse ponto no tempo.


“Face It Alone” com Freddie Mercury foi o primeiro tema da box de “The Miracle” a ser lançado, e é surpreendente ouvir o quão em bruto ele era. Do que te lembras sobre a gravação desse tema?

Muito pouco. Eram fragmentos entre muitos outros fragmentos naquela altura, ou talvez outras canções estavam a chamar-nos mais à atenção. Eu lembro-me do som da melodia… ficou presa na minha cabeça. Foi feita incrivelmente rápido. O Freddie provavelmente escreveu as suas palavras de manhã, e estava a trabalhar na canção com o seu estranho teclado. Nem me lembro de tocar guitarra nela, para ser honesto. Provavelmente, estava só a tocar algo que nos levasse ao próximo verso, algo para encher (o tema).


Então, a vossa equipa de engenharia de som, montou elementos para conseguir completar “Face It Alone”.

Sim. Resistimos à tentação de ir lá e fazer uma parte comigo a tocar novos trechos na guitarra. Resistimos também, à tentação de o tornar no épico que se poderia ter tornado. Poderia ter sido transformado numa maior construção. Mas queríamos entrega-lo o mais simples possível. Como podem ouvir, é muito em bruto, como muito pouco na pista… tão poupado quanto possível. Há sítios em que os rapazes resgataram uma palavra ou frase para aparecer no verso, o que faz sentido – o Freddie gravou três takes – mas é isso.


Quando a versão que ouvimos foi terminada e apresentada a ti, qual foi a primeira coisa que te passou pela cabeça?

Os rapazes fizeram-me uma surpresa, por isso fiquei bastante emocionado. Tudo o que conseguia ouvir eram as cordas vocais de Freddie, a trabalhar tão esplendidamente e apaixonadamente…. Sim, eu estava bastante emocionado. Foi como se ele estivesse aqui, e tu percebesses, novamente, o enorme talento que tinha. Um ser humano tão incrível com um instrumento extraordinário.


A box agora inclui “Too Much Love Will Kill You,” que era originalmente parte do alinhamento de “The Miracle,” até ao último minuto. O que aconteceu?

Era parte do alinhamento até termos entrado numa grande disputa sobre a publicação. Observa, eu tinha-a escrito originalmente com outras pessoas fora da banda. Podes escrever um livro sobre isso, como a escrevi para o meu álbum a solo, o Freddie adoro-a. E quando a trouxe para a banda, os outros também a adoraram. Mas, de repente, particularmente o Freddie, não queria receber um 1/16 da publicação. Algo que eu entendo, então atingimos um impasse e metemos o tema na prateleira. Na box, restauramos o seu vinil para a maneira como era suposto ser. É, contudo, apenas agora que percebo o que se deveria estar a passar dentro da cabeça dele. Neste ponto no tempo, não sabíamos que ele estava a fazer tratamentos. Provavelmente estava. Poderia estar associado com o Freddie falar sobre demasiado amor estar a matá-lo. As músicas assumem significados diferentes para pessoas diferentes em alturas distintas.


Considerando que há ainda outros álbuns dos Queen que ainda não receberam o tratamento de box set com raridades, é justo dizer que há ainda outros tesouros que ainda não foram ouvidos e lançados?

É possível. Não sabemos realmente até voltarmos lá. Eu não teria previsto que teríamos tanto material não lançado do “The Miracle”, como se provou. Suponho que iremos encontrar muitos mais tesouros escondidos, sim.



Brendon Urie dos Panic! at the Disco fez uma performance famosa de “Bohemian Rhapsody” num espetáculo ao vivo. Eles contactaram-no, por e-mail, dizendo o quão próximas as suas novas músicas “Star Spangled Banger” e “God Killed Rock and Roll” eram dos Queen, e quão profunda a vossa influência era para a banda deles. Podes falar-nos sobre essa correspondência?

Posso apenas dizer que admiro aqueles rapazes. Eles têm um grande talento, e é um grande elogio para nós que eles nos incluam como uma influência e que nos absorvam na sua própria obra. Deixa-me muito feliz. Há um sentimento similar com os Foo Fighters. Esse é o derradeiro elogio, que uma banda queira tocar o nosso material, absorve-lo e fazer algo novo a partir dele.


Eu estava preparado para evitar discutir os Foo e o Taylor Hawkins com receio que te pudesse deixar em baixo – mas a vossa participação daqueles tributos foi uma forma de agradecer a Hawkins e aos Foo Fighters.

Definitivamente, sim. Eles são como uma família para o Roger e para mim, o Taylor Hawkins era o elo de ligação – o rapaz que me ligava sempre às 3 de manhã. Tenho saudades dessa chamada. Sempre cheio de entusiasmo. “Hey Brian, devias aparecer por aqui e fazíamos uma jam.”. De todas as pessoas que partiram demasiado novas, ele é o que deixará mais saudades.


O próximo ano marca os 12 anos desde que Adam Lambert se tornou parte dos Queen. Gravaste “Lucy” no álbum de 2015 “The Original High” de Lambert. Depois de todo este tempo, há alguma chance de tu, o Roger e o Adam gravarem uma nova música juntos, e irão vocês os três andar em digressão em 2023?

Há uma grande possibilidade de partirmos em digressão juntos novamente. Estamos a falar sobre isso, enquanto eu e tu estamos a falar, a tomar essas decisões. Agora, começa a ser uma decisão maior à medida que ficas mais velho. Já não tenho 35 anos, e deixar a minha casa durante dois meses não é fácil. Mas sentimos que se estivemos todos bem e em forma, que gostaríamos de sair mais uma vez. Provavelmente seria nos Estados Unidos da América em algum ponto em 2023. Espero que isso aconteça, mas há uma forte possibilidade. Quanto à nova música? Tenho de te dizer que ainda não aconteceu, mas o assunto vem à tona. Geralmente, quando estamos juntos, os espectáculos ao vivo consomem tudo. Não há realmente tempo para discutir nenhuma ação em estúdio. Sentimos que os espectáculos ao vivo são o que o público quer. E quando não estamos em digressão, o Adam tem a sua própria carreira – ele já me mostrou algum material em que está a trabalhar para o próximo álbum, e é extraordinário. Então, eu suponho que a oportunidade para fazer um álbum juntos não apareceu, mas não estou a dizer que não poderia acontecer.


OK, então vocês os três não estão a gravar um álbum de Queen. Há mais algum álbum a solo de Brian May no horizonte?

Estou a trabalhar na box set de “Star Fleet”, que é o nº.3 nas Brian May Gold Serie (sendo que os primeiros dois foram as box sets de “Back To The Light” e “Another World”) e provavelmente será lançado a meio do próximo ano.


Referes-te aos temas de 1983 que fizeste para a série de ficção científica com fantoches “Star Fleet”?

Sim. E estou muito entusiasmado com ele, já que ao abrir estas tapes estou numa jam com o Eddie Van Halen e com o Phil Chen. É altamente emocional, novamente, porque o Ed já não cá está. Nem o Phil. E eu tenho estado a falar com o Alex (Van Halen) e comecei a pensar sobre como eu gostaria de me ter mantido mais próximo do Ed. Tenho imensos remorsos sobre isso. Ele era uma alma maravilhosa – um Peter Pan que nunca cresceu, nunca quis crescer e que nunca deveria ter crescido. Ele ainda deveria estar connosco. Ao ouvi-lo, a ele e a mim, eu senti-me completamente ultrapassado por ele em estúdio. Mas numa maneira muito agradável – que felicidade para mim estar perto de um rapaz que conseguia fazer tudo aquilo. Que privilégio. Então, irão ouvir-nos no estúdio em duelo. Nunca fui muito fã da mistura original de “Star Fleet”, o single, então demos-lhe uma limpeza. Agora, o som do EVH está incrível. Irão ouvir o desenvolvimento do solo do Eddie, que sempre considerei uma das melhores coisas que ele fez… um clássico realmente imortal de Ed Van Halen. E ainda mais do que em “The Miracle”, vamos dar-vos tudo. Todos os takes de todos os temas. As coisas que correram mal, os risos, a descoberta de novas coisas para fazer.



Fonte: Variety


Finalmente chegou o dia de lançamento da tão aguardada Edição de Colecionador do álbum The Miracle, trinta e três anos depois os Queen lançam o Long Lost Original LP com gravações do álbum clássico de 1989.


Esta edição em box set com 8 discos (Vinil LP/5CD/DVD/ Blu-ray) vê hoje a luz do dia e pode ser encomendada em: https://Queen.lnk.to/TheMiracle ou http://bit.ly/3tG7Vqs


Nela estão incluindas as The Miracle Sessions, contendo mais de uma hora de gravações de estúdio nunca antes lançadas bem como seis temas nunca ouvidos – e ainda gravações intimistas da banda a trabalhar (e a tocar) em estúdio.


Largamente reconhecido como o álbum mais forte dos Queen nos anos 80 e um dos mais inspirados, o lançamento de The Miracle em 1989 foi um sucesso global, atingindo o 1.º lugar no Reino Unido e em vários mercados europeus e até restabelecendo a popularidade da banda nos Estados Unidos chegando a disco de ouro. Brian May já citou várias vezes, The Miracle, que dá nome ao álbum como o seu tema favorito dos Queen de todos os tempos.


As inspiradas sessões para o The Miracle começaram em Dezembro de 1987 e arrastaram-se até Março de 1989. Foi um dos períodos em que banda mais se encontrou em sintonia na história dos Queen. Quinze meses antes, a 9 de Agosto de 1986, a grandiosa digressão europeia Magic Tour tinha acabado em grande, com um público de cerca de 160.000 pessoas no Knebworth Park em Sevenage. Enquanto a banda deixava o palco naquela noite – terminando numa nota altíssima a sua maior digressão até à data – dificilmente teriam previsto que aquele momento seria o fechar de um capítulo. Este seria o último concerto com Freddie e o primeiro numa cadeia de momentos cruciais que iriam levar à longa separação da banda.


Foram necessários 15 meses e uma restruturação radical das dinâmicas internas da banda para os Queen se voltarem a reagrupar nos Townhouse Studios em Londres a 3 de Dezembro de 1987, para começar a trabalhar no seu 13.º álbum de estúdio. Pela primeira vez os Queen iriam partilhar os créditos pela composição dos temas, independentemente de quem escreveu cada música, um consenso de opiniões que teve resultados bastantes férteis. "Dividir os créditos foi uma decisão muito importante para nós. Deixámos os nossos egos fora da porta dos estúdios" diz Brian.


Roger disse: "As decisões são feitas com base no mérito artístico, então ‘Todos escrevemos tudo’ foi a linha que seguimos, em vez do ego ou algo do género a meter-se no caminho. Nós parecemos trabalhar melhor agora do que trabalhávamos antes. Nós somos pessoas um pouco inconstantes. Temos gostos diferentes em diversos aspetos. Costumávamos ter muitas discussões em estúdio, mas desta vez decidimos partilhar toda a composição, o que eu considero muito democrático e uma boa ideia."


Esta amostra de união foi elegantemente ilustrada pelo director de arte da banda Richard Gray na capa de The Miracle, que conta as quatro faces dos Queen fundidas numa única face. “A arte da capa representa a união do grupo naquela altura: uma fusão de quatro pessoas que se tornam uma” disse May. "Estávamos também a lidar com a deterioração da saúde de Freddie e estávamos a unir-nos para o apoiar."


Mesmo com Freddie a não conseguir andar em digressão, os Queen continuaram a ser uma banda com uma enorme chama criativa. Como John Deacon insinuou, eles canalizaram a sua química ao vivo para o estúdio: "Nas primeiras semanas de gravações fizemos muito material ao vivo, muitos temas, algumas improvisações e as ideias foram surgindo."


Party e o tema de Rock bruto Khashoggi’s Ship "evoluiram natualmente, logo" disse Freddie. Inspirado por algo que Anita Dobson costumava dizer, e mais tarde adotada para protestos anti-apartheid, a massiva I Want It All foi – apesar de escrita antes da banda entrar em estúdio – uma expressão poderosa dos poderes de heavy-rock da banda. "Nunca pudemos tocar esse tema ao vivo com o Freddie" disse May. "Ter-se-ia tornado num pilar central de um concerto de Queen, tenho a certeza, porque era muito participativa – concebida para a audiência cantar connosco – muito em estilo de hino."


Roger afirmou: "Muitos dos temas [de Miracle] têm muito de primeiro take nelas; tentámos preservar essa frescura. Tentámos capturar o entusiasmo que tínhamos tido de tocar juntos como uma banda."


A escrita dos Queen também refletiu as suas circunstâncias pessoais. Scandal, o drama retirado dos cabeçalhos, foi uma investida pessoal de Brian May contra a intrusão da impressa na vida pessoal dos membros dos Queen. Destacada por John Deacon, o fecho de álbum, o tema de Freddie Was It All Worth It, foi em retrospetiva, interpretado como um reflexo da saúde do vocalista.


Outro ingrediente na mistura foi David Richards, que trabalhou com os Queen desde Live Killers. Depois de outros créditos em A Kind of Magic e Live Magic, Richards foi co-produtor de The Miracle, e elogiado por Brian May pelas suas proezas técnicas de "whizz kid".


Os meses em estúdio deram origem a mais de 30 temas, mais do que os Queen poderiam necessitar para um álbum. Dez temas foram selecionados para o lançamento, com outros mais tarde a aparecer como lados B ou temas a solo, ou lançadas depois em Innuendo e Made in Heaven. Cinco singles de sucesso foram lançados com o álbum.


Brian disse: "Tínhamos todos estes bocados e pedaços de temas, e alguns deles estavam meio terminados, alguns deles eram apenas ideias e alguns estavam quase terminados, e as coisas aconteceram quase que sozinhas, realmente. Há alguns temas nos quais queres sempre voltar a trabalhar e então são terminados, e há outros temas em que pensas, 'Oh, isso é muito bom, mas realmente não sei o que fazer com ele neste momento', então são naturalmente deixados de parte."


Muitas destas “sobras” das sessões de The Miracle foram deixadas por descobrir nos arquivos dos Queen durante 33 anos.

Para os fãs hardcore de Queen, um dos elementos mais aguardados nesta nova box set é o The Miracle Sessions CD, que inclui takes originais, demos e temas em bruto do álbum completo bem como seis temas nunca ouvidos, incluindo dois com Brian nos vocais.


Este tentador disco com mais de uma hora oferece temas quase miticos como Dog With A Bone, I Guess We’re Falling Out, You Know You Belong To Me, e claro, Face It Alone, lançada como single em Outubro. Acrescentam-se vários takes originais e demos bem como versões em bruto que mostram no que The Miracle se viria a tornar.


Mas talvez os maiores tesouros no Miracle Sessions CD são os segmentos falados entre os momentos musicais. Enquanto as fitas continuam a gravar em Londres e Montreux, os quatro membros são apanhados em momentos sinceros, dando aos ouvintes e experiência de estar entre Freddie, Brian, John e Roger enquanto brincam, debatem, trocam piadas e mostram tanto divertimento como alguma frustração ocasional.


Com a banda a chegar a estúdio com pouco material, estas sessões encontraram os Queen no seu periodo mais inspirado e impulsivo, e em que a atmosfera é palpável não apenas através da música mas também através das interações familiares que a pontuam. Como Freddie disse: "Acho que foi o mais perto que estivemos em termos de realmente escrevermos juntos."


"Antes de desmaiarmos todos, posso apenas tentar isto?" - Freddie Mercury (I Want It All)


"Não quero fazer estas partes chiques agora!… Vou fazê-las depois." - Brian May (Khashoggi’s Ship)

Ouvidos pela primeira vez na história dos Queen, estes outtakes falados das The Miracle Sessions convidam os fãs para o estúdio para experienciar a dinâmica da banda, de uma forma mais natural e reveladora do que qualquer entrevista oficial à imprensa. Estas interações, por vezes maliciosas, encorajadoras, graciosas e até afetuosas – captam a banda como realmente era durante as sessões de The Miracle, cheios de entusiasmo pelo seu regresso ao estúdio e guiados por uma rara química que continuava a dar frutos.


Outra novidade desta box set é a reintegração de Too Much Love Will Kill You. O The Miracle foi originalmente planeado para ter 11 temas mas Too Much Love foi removido à ultima da hora devido a problemas de publicação não resolvidos. Mais tarde, a versão original dos Queen aparecia em Made in Heaven de 1995, com Freddie nos vocais.


Enquanto que a versão em CD continua a manter-se fiel ao alinhamento com os 10 temas originais, a edição em vinil desta edição de colecionador marca a primeira vez que Too Much Love Will Kill You é apresentada como parte do álbum, na posição exata no lado 1 em que tinha sido colocada em 1989.


The Miracle Collector’s Edition traz também outras raridades, outtakes, instrumentais, entrevistas e vídeos, incluindo a última entrevista que John deu, no set onde decorriam as gravações do single Breakthru. Esta box inclui também um livro de capa dura com 76 páginas com fotografias nunca antes vistas, cartas originais escritas à mão da banda para o clube de fãs, reviews da imprensa da época e notas extensivas, com recordações de Freddie, John, Roger e Brian tanto sobre o making-off do álbum como sobre a gravação de alguns dos seus vídeos mais icónicos.


Contando com um enorme leque de fascinantes insights deste momento crucial da história dos Queen, este é o The Miracle de que os fãs têm estado à espera!


EDIÇÃO DE COLECIONADOR - QUEEN - THE MIRACLE


Lista de Conteúdo:

VINIL LP: The Miracle - Long Lost Original LP Cut


O The Miracle como nunca foi ouvido antes. Tendo como fonte a master tape de Março de 1989, o Long Lost Cut volta a colocar Too Much Love Will Kill You onde foi planeado ficar, na posição exata do Lado 1 escolhida em 1989, entre I Want It All e The Invisible Man. A capa do LP é apresentada pela primeira vez na história como uma gatefold cover.

CD 1: THE MIRACLE

O álbum como foi originalmente lançado em CD, remasterizado por Bob Ludwig em 2011, da primeira geração original de master mixes.


CD 2: THE MIRACLE SESSIONS

Uma janela fascinante sob o processo criativo da banda, incluíndo takes originais, demos e primeiras versões, incluíndo o novo single Face It Alone, entre seis temas nunca ouvidos sendo que dois deles são cantados por Brian May.


Apresentadas aqui pela primeira vez: When Love Breaks Up, You Know You Belong To Me, I Guess We’re Falling Out, Dog With a Bone, Water, e Face It Alone.


E como revelado, algo que irá realmente ser apreciado pelos fãs hardcore dos Queen são as interações entre os quatro membros da banda nos Townhouse, Olympic e Mountain Studios, dando aos ouvintes uma visão única da sua amizade e dinâmica de trabalho.

CD 3: ALTERNATIVE MIRACLE

O Alternative Miracle, originalmente considerado na altura, é uma compilação de temas extras do The Miracle, B-sides, extended versions e versões single foi cancelado na época devido a um apertado calendário de lançamentos.


CD 4: MIRACU-MENTALS

Instrumentais e backing tracks dos dez temas que formam o The Miracle.


CD 5: THE MIRACLE RADIO INTERVIEWS

A banda discute, nas suas próprias palavras, o processo criativo por trás do álbum. A primeira entrevista, Queen for an Hour, foi transmitida pela BBC Radio 1 a 29 de Maio de 1989. O apresentador Mike Read conversa com a banda naquela que seria a última entrevista em grupo da banda. Nesta intervista, Freddie sugere pela primeira vez que os seus dias de digressão acabaram.


A segunda entrevista apresenta Roger Taylor e Brian May numa conversa com o apresentador Bob Coburn e a receber chamadas telefónicas ao vivo no popular programa de radio dos Estados Unidos - Rockline.


BLU-RAY / DVD: The Miracle Videos

The Miracle Videos inclui os cinco videos promocionais e conteúdos bónus nos formatos Blu-ray e DVD.


I Want It All

Breakthru

The Invisible Man

Scandal

The Miracle


mais:


As entrevistas The Miracle:

Entrevistas com Roger, Brian e John no set das gravações de Breakthru em Junho de 1989, por Gavin Taylor. John Deacon não deu mais entrevistas desde esse dia.


O Making-off dos vídeos do The Miracle:

Este elemento contém imagens de bastidores dos videos de I Want It All, Scandal, The Miracle e Breakthru.

O Making-off da capa do The Miracle:

O designer gráfico dos Queen, Richard Gray, fala sobre a capa e demostra como ele desenhou a inovadora capa do The Miracle.


THE MIRACLE – 2022 - EDIÇÃO DE COLECIONADOR


Créditos:

Produtores executivos: Brian May e Roger Taylor

Todos os temas escritos pelos Queen

Excepto: Too Much Love Will Kill You (May, Musker, Lamers),

My Melancholy Blues (Mercury), e You Know You Belong To Me (May)

Conteúdo supervisionado por: Justin Shirley-Smith, Kris Fredriksson e Greg Brooks.

Compilação e restauro de áudio por: Kris Fredriksson

Projeto gerido por: Emma Donoghue


Nota: O livro de arte de capa dura da edição de Colecionador do The Miracle também contém duas páginas sobre a reação dos críticos da altura ao lançamento de The Miracle.


"Adventure seeker on an empty street..."


É já na próxima sexta-feira, dia 18 de Novembro, que é lançada The Miracle Collectors Edition, uma edição de colecionador do álbum The Miracle.


Inserido neste grande lançamento, tivemos a publicação dos vídeos remasterizados e em HD de The Miracle e de The Invisible Man e agora foi publicado no mesmo formato o vídeo de I Want It All.


Para este novo vídeo, o filme original de 35 mm foi scaneado para 4K por Simon Marbrook no Final Frame, conforme a edição de Chris Frankland, tendo o restauro ficado a cargo de Luke Davis e o grading elaborado por Pete Lynch.

Breakthru e Scandal deverão ser os próximos vídeos a serem relançados no mesmo formato, e Was It All Worth It também passará a ter um videoclipe.






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O Homem, por si só, não consegue viver isolado. Os seres humanos precisam de comunicar, expressar… precisam que a sociedade lhes garanta uma estrutura onde ele se revejam. As comunidades são importantes porque acolhem, protegem e permitem a partilha. São micronações reguladas de forma endógena pelo interesse no bem comum e o Queen Portugal é tudo isto sendo que o nosso bem comum são a melhor banda de rock de todos os tempos: os Queen.

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