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(fotografia de Neal Preston. © Queen Productions Ltd.)


Queen The Greatest: uma celebração de 50 dos maiores momentos da história dos Queen até agora.


Uma série de 50 semanas no YouTube que celebra os momentos-chave da história dos Queen lembrando-nos o porquê da banda E da sua música continuarem a ser amadas em todo o mundo.


Existem milhões de tubarões por aí fora.” Roger Taylor

Depois de sete anos juntos, o sonho que os Queen tinham, de ser independentes criativa e financeiramente, iria concretizar-se. Um olhar sobre os bastidores daquele momento crucial, com imagens de arquivo de Freddie, John e Roger, bem como uma rara entrevista com o manager de longa data dos Queen, Jim Beach.


O episódio desta semana de "Queen The Greatest", olha para os bastidores de um dos momentos mais significativos da história dos Queen - o momento que um dos seus objectivos principais era realizado - O Dia da Independência dos Queen.


O episódio da semana passada, de Queen The Greatest, focou-se no baixista John Deacon e nos sucessos que ele providenciou à banda. John aparece novamente em destaque no episódio desta semana, no qual a banda revela as dificuldades em que se encontravam mesmo depois de três álbuns de sucesso, e como a mão segura e a perspicácia de John trouxe aos Queen um dos momentos mais significativos na carreira - o momento em que eles alcançavam o objectivo de serem livres criativa e financeiramente.


John revela: "Nós não recebíamos nada dos direitos autorais dos primeiros três álbuns. O que nós procurávamos naquela altura era basicamente olhar por nós, e fazê-lo completamente por nossa conta."


Roger Taylor "É o longo caminho até a liberdade criativa e artística, que é tão difícil de encontrar se tiveres sucesso de qualquer tipo, porque existem milhões de tubarões por aí fora."


No início de 1978, pouco antes de embarcarem na gravação do álbum Jazz, os Queen finalmente tomaram o controlo total do seu negócio - criando três entidades para operar e gerir os seus projectos criativos: Queen Productions Limited, Queen Music Limited, e Queen Films Limited. Isto foi à data, uma jogada pouco usual para uma banda, mas algo que mostrava a fé que a banda tinha na sua jornada musical dali para a frente.


Para gerir o dia-a-dia do negócio, os Queen viraram-se para Jim Beach, alguém que conheceram em 1975 quando a jornada para a independência financeira começou. Foi uma reunião que deixou uma impressão duradoura em Jim...


Ele recorda essa primeira reunião: "Eu conheci os Queen pela primeira vez quando era solicitador na Harbottle and Lewis em Londres. Eu era um dos sócios e estava a gerir um departamento musical muito débil. Era uma empresa do mundo do espectáculo e estávamos habituados a clientes relativamente estranhos, mas lembro-me que quando os Queen chegaram, a recepcionista telefonou-me e disse "Sr. Beach, os Queen estão aqui", e eu disse "Sim, ok, mande-os subir". E ela sussurrou ao telefone, ela disse "Já os viu?"


E eu disse "Bem, já", ela disse "Bem, um deles tem verniz posto". E eu disse "Bem, a sério?" "Sim, preto" disse ela. E eu respondi "Ok" e ela disse "Sim, mas é só numa mão". E eu disse "Não seja tonta, vá lá, mande-os subir". Vou sempre lembrar-me do Freddie a entrar primeiro, eles sentaram-se e o Freddie começou por dizer "Nós gravámos três álbuns, o nosso manager comprou o seu segundo Rolls Royce e nós estamos a ganhar 60 libras por semana, por isso algo está errado."


Mas não era apenas o lado de negócio que os Queen queriam ser os mestres do seu próprio destino, o seu álbum News The World tinha provado que no estúdio também estavam prontos para ter o controlo total.


John Deacon: "Chega a uma altura em que tudo o que precisas é de um engenheiro. (...) E quando estás a misturar, quando misturas tudo, quer dizer, é sentar-se e controlar os botões também."


Nessa ocasião, o engenheiro de longa data dos Queen, Mike Stone, tinha-se tornado o assistente precioso que permitia que a banda desfrutasse da liberdade criativa que desejavam no estúdio.


Esta independência tinha requerido uma dura batalha, e depois de sete anos juntos, quando a maioria das bandas chegavam ao seu fim natural, os Queen tinham finalmente conseguido manobrar-se com sucesso, de maneira a estarem numa posição de força e sucesso constante.


E é justo dizer que o melhor estava para vir...


Jim Beach continua a ser o manager dos Queen.


Próxima semana: 1979 - Cracking America: Crazy Little Thing Called Love.




Muito obrigado, boa noite a todos. Bem-vindos ao nosso piquenique junto ao lago Serpentine”. Freddie Mercury - 18 de Setembro de 1976.

Depois, fomos ameaçados de prisão”. Brian May.


O episódio da serie Queen The Greatest desta semana remonta a 1976 e o ​​que permanece até hoje, como uma das maiores noites, da carreira notável dos Queen. Humildemente, apesar do sucesso que tiveram até à data, a banda queria fazer algo especial para dizer "obrigado" aos seus fãs leais - e que melhor maneira do que fazer o concerto mais espetacular até à data. Um concerto gratuito no coração de Londres - o Royal Hyde Park.

Entrevistas raras e notícias da época revelam que foi realmente uma noite inesquecível, mas que quase terminou com a prisão da banda.

Como Brian May explica numa entrevista na época, a conquista deste marco histórico de Londres pelos Queen provou ser um empreendimento gigantesco... mas com uma grande recompensa.


Apesar de todos os obstáculos apresentados, o concerto foi adiante, e como mostra a filmagem de um raro clipe da BBC Television News, foi uma grande vitória para a banda.

News Reader: “Mais de 50.000 pessoas compareceram ao concerto gratuito, que foi extremamente pacífico, com apenas quatro detenções num período de nove horas. A presença da Polícia foi reduzida ao mínimo, com apenas 40 policias visíveis, embora pelo menos o dobro do número fora de vista na reserva”.

News Reader: "Os Queen gastaram cerca de cinquenta mil libras do seu próprio bolso para promover o espectáculo. Pode ser apenas rock 'n' roll, mas é caro”.

Na verdade, o tamanho da multidão foi estimado em algo entre 150.000 e 200.000 pessoas, e ao longo de 80 gloriosos minutos, os Queen agitaram o centro de Londres. No entanto, enquanto a banda se preparava para dar à multidão extasiada um bis para terminar a noite, a polícia interveio...

Brian May: "Depois, sendo ameaçados de prisão se fôssemos para o encore, o que ninguém percebeu na época, fomos empurrados para dentro de uma van sob a ameaça de sermos levados para lugares diferentes. Foi muito estranho. Porque eu acho que as pessoas ficaram nervosas com a multidão (...)"

Uma noite como estas precisava de ser preservada, e assim o concerto foi filmado, com imagens deste a serem imediatamente utilizadas no vídeo promocional de Somebody To Love.

Olhando para trás mais recentemente, Brian May relembrou o grande passo que o concerto do Hyde Park representou para os Queen, e o significado que aquela noite teve para a banda.

Quase 30 anos depois, em Julho de 2005, Brian e Roger fariam um regresso emocionante ao Hyde Park com o então vocalista Paul Rodgers. Originalmente agendado para o dia 8 de Julho, o espectáculo foi adiado devido a um devastador ataque terrorista na cidade. No entanto, uma semana depois, sem se deixarem abalar, todos se reuniram para uma noite emocionante e memorável. O concerto teve uma plateia enorme, incluindo várias centenas de equipa de emergência e resgate convidadas pela banda.



Depois do incrível sucesso mundial de A Night At the Opera e de Bohemian Rhapsody, todos os olhos estavam voltados para os Queen, no sentido de saber o que faria a banda a seguir. Para Freddie Mercury, a inspiração veio de uma das melhores cantoras do mundo.


Este episódio celebra aquele que é, sem dúvida, um dos maiores clássicos sucessos dos Queen, a obra-prima inspirada no evangelho, Somebody To Love.

Tendo estabelecido uma marca tão alta com A Night At The Opera, todos os olhos estavam voltados para o Queen para ver o que viria a seguir.


Como sempre, a banda recusou-se a ficar parada e teve a intenção de explorar novos caminhos musicais. Para Somebody To Love, Freddie encontrou inspiração numa das melhores cantoras do mundo para criar este clássico dos Queen.

Brian May: “Freddie queria ser Aretha Franklin, tens que ter isso em mente, e isso explica tudo. Ele amava Aretha. (...) Meio que seguiu os passos de ‘Bohemian Rhapsody’ no sentido em que estávamos a construir essas várias partes vocais, mas desta vez estávamos a ser um coro de gospel, em vez de ser um coro inglês.

Freddie Mercury “E lá está eu a falar sobre Aretha Franklin, meio que os deixou um pouco loucos ... (...) Fui incentivado pela abordagem gospel que ela tinha nos seus álbuns, os álbuns anteriores.

Brian May: “Freddie veio muito bem preparado com muitas partes vocais e nós trabalhamos apenas para superar isso. Era uma sensação muito boa. Eu lembro-me sempre de pensar 'sim, isto vai ser algo ótimo.'

Para muitos, Bohemian Rhapsody foi a melhor música que Freddie já escreveu, mas de acordo com o próprio, ele não concordava necessariamente com isso...

Freddie Mercury: “As pessoas vão, obviamente, não importa o quanto tu tentes, vão pensar em termos dos sucessos anteriores. Eu realmente pensei ... Ok, 'Bohemian Rhapsody' é um grande sucesso, mas no que diz respeito à minha habilidade de escrita, acho que posso escrever melhor. E eu olhei para isso apenas desse ponto de vista. Para a minha estimativa, acho que uma música como ‘Somebody To Love’… do ponto de vista da escrita… (é) uma música melhor.

Somebody To Love por pouco não ficou em primeiro lugar nos tops do Reino Unido, chegou a número 2. Mas a música rapidamente tornar-se-ia num exponente em palco, como pode ser testemunhado na apresentação da banda no Milton Keynes Bowl em 1982, imagens mostradas neste episódio.

Dez anos depois, no The Freddie Mercury Tribute Concert, a música teve o seu lugar firmemente cimentado na história dos Queen, graças à performance inesquecível de Brian, Roger, John, acompanhados por George Michael e pelo London Gospel Choir.

A subsequente inclusão da música no Five Live EP, com as apresentações de George Michael e Lisa Stansfield no Tributo ano nosso Freddie, fez com que a música finalmente pudesse chegar ao cimo dos tops do Reino Unido em 1993.

Próxima semana: Queen 1976: Hyde Park - Picnic By The Serpentine.


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