
O nosso Brian May, participou numa colaboração sem precedentes na industria musical espanhola, além do nosso guitarrista esta colaboração contou com a nossa bem conhecida Dulce Pontes.
Pela primeira vez, a Universal Music Spain / Sony Music Spain e a Warner Music Spain uniram-se para lançar uma nova gravação do Himno a la Alegria, interpretada por mais de 40 artistas, todos a prestar os seus serviços gratuitamente, num gesto de apoio à indústria musical espanhola.
Os artistas apresentados no disco são, por ordem alfabética: Aitana, Alejandro Lerner, Alejandro Sanz, Alessia Cara, Alex Ubago, Ana Mena, Andrés Calamaro, Andrés Dvicio, Antonio José, Antonio Orozco, BRIAN MAY, Camilo, Carlos Rivera, David Bisbal, Dulce Pontes, Draco, Fher Olvera (Maná), India Martínez, Joy (Jesse & Joy), Juanes, Lali, Laura Pausini, Leire Martínez (La Oreja de Van Gogh), Luis Cobos, Macaco, Malú, Manolo García, Manuel Carrasco, Mau y Ricky, Melendi, Miguel Ríos, Mikel Izal, Nathy Peluso, Orquesta Mad4Strings, Pablo Alborán, Pablo López, Rosario, Rozalén, Sebastián Yatra, Vanesa Martín, Coro Cantorum.
O disco tem cerca de 5 minutos, e foi gravado nos estúdios da Art House Records em Miami, tendo sido produzido por Julio Reyes Copello... um Himno a la Alegria com um cheiro de Red Special.
Existe ainda um vídeo de apoio produzido pela Carbonería Cultural del Siglo XXI e coproduzido por Pino Sagliocco, Carlos Sánchez, Joseph Crossley, Paul Liddle, Will Alexander e Joe Perez-Orive. Nesse vídeo, onde temos o nosso Brian em grande destaque, participam várias personalidades, de onde já destacámos Dulce Pontes, mas marcaram igualmente presença Luís Figo, Sérgio Oliveira e João Félix, estão lá também Ronaldo - o Fenómeno, Iker Casillas, Rafa Nadal, Marc Marquez, Messi, Vicente del Bosque, Simeone, bem como outras tantas caras bem conhecidas, num gesto de apoio incondicional à indústria da música espanhola.
Ouvir no Spotify.
- 13 de abr. de 2021

Em Fevereiro os nossos Brian May e Roger Taylor, disseram que estavam a trabalhar com Adam Lambert numa música ainda não estava completa. Parece que não terá sido uma vez sem exemplo, apesar de Brian dizer que têm tido dificuldades em conseguir progredir na música.
Ao falar à revista Guitar Player (transcrito pela Contract Music), Brian confirmou que tiveram alguma sessões de trabalho com Adam. “Eu digo sempre ‘Não sei’. Teria que ser algo espontâneo”, começou por dizer Brian sobre a possibilidade de música nova, antes de acrescentar “Na verdade, o Adam, o Roger e eu temos estado no estúdio a tentar algo, apenas porque calhou. Mas até esta altura, não sentimos que tenhamos atingido o objectivo com nada do que fizemos. Não é que estejamos fechado à ideia, apenas não aconteceu até agora.”
Esta seria a primeira música nova da banda com Adam desde que ele se juntou à banda há uma década (com a excepção da regravada “You Are The Champions” que foi uma homenagem aos trabalhadores da área da saúde).
Brian admitiu que as restrições relacionadas com a pandemia não permitem o clima ideal de trabalho. “Para ser honesto, a vida tomou um rumo em que é muito difícil ir por caminhos desses. As coisas podem mudar, mas não acho que vão mudar tão depressa.”
Já este ano, Roger deixou a dica de uma música nova com Adam, enquanto Brian disse “Era uma música que era de um amigo e tentámos adaptar. Estava a caminho de ser uma grande música, mas não conseguimos decifrá-la. Não chegámos lá.”
A chegada de qualquer material novo de Queen seria, certamente, motivo de atenção, já que, a banda tem-se dedicado quase toda a sua carreira desde a morte de Freddie, ao material mais antigo. A banda lançou um álbum depois da morte do vocalista, Made In Heaven de 1995, que contém voz e piano gravados enquanto Freddie ainda estava vivo.
Depois de várias aparições em acções de beneficência e concertos especiais, Brian e Roger (menos o reformado baixista John Deacon) regressaram às tournées com o vocalista Paul Rodgers. Lançaram um álbum em conjunto, The Cosmos Rocks em 2008, enquanto Paul era o vocalista convidado nessas mesmas tournées. Adam Lambert, depois da participação com sucesso no American Idol, substituiu Paul Rodgers como vocalista convidado, em 2011.
Para além de tournées, a banda tem mantido o legado vivo com o musical We Will Rock You, recebendo também um aumento de interesse com o filme de 2018, Bohemian Rhapsody que conta os primórdios da história da banda e o seu caminho até à fama.
Fonte: Loud Wire
- 10 de abr. de 2021

Nesta segunda parte da dupla entrevista à Louder Sound, temos Brian May. Novamente, não iremos traduzir directamente todo o conteúdo da entrevista, mas sim iremos abordar os temas mais interessantes ou novidades. Novamente, as perguntas da Louder foram muito pertinentes e permitiram um forte engajamento do Bri. Vejamos o que de mais relevante foi dito.
Os 50 anos de Queen: Foi abordada uma eventual celebração, mas descartada em favor de festejar o estar vivo e capaz de tocar. Seria um dispêndio desnecessário de energia, a celebração da data.
As aspirações do início: Bri sublinha que a ideia foi sempre chegar ao topo, pois tinham grandes sonhos. Desde o início. Mas que se fosse só com ele e com Taylor a coisa nunca resultaria, pois discordam em tudo, até sobre uma janela. Freddie foi sempre o diplomata. O homem do compromisso.
Os early days: Era uma diversão, diz Brian. Transportavam e faziam tudo, com um roadie, até as pipocas. Convidavam managers e empresários discográficos e ninguém aparecia…

O Ball’s Park College: May diz que era frequente tocarem em sítios onde se percebia bem o que os Queen iam lá fazer. Neste Ball’s Park College, uma coisa pequena, a audiência ficou a olhar para a banda à espera do Stairway To Heaven e Paranoid. E ao intervalo foi-lhes pedido que deixasse o tipo dos discos meter música.
Os Sparks: Os Sparks são um duo formado por dois irmãos, fundado em 67 e que se mantém no activo ainda hoje e contam com 24 álbuns originais. May revela que foi abordado por eles, logo após Killer Queen, para se juntar à banda, pois os “Queen não iam ter mais êxitos” e eles “iam conquistar o Mundo”. O convite foi rejeitado, com a Bri dizer que estava bem como estava.
Bohemian Rhapsody e The Prophet’s Song: As pessoas ficaram chocadas pelo estilo operático de Bohemian Rhapsody, mas os Queen já faziam isso de trás e que Freddie sempre teve essas ideias na cabeça. Sobre Prophet’s Song, Bri admitiu ser um tema sensível, por oposição a BohRhap, pois gostava que a sua música (inspirada num sonho de May) também tivesse a mesma “vida pública”. A diferença é que Freddie, nas gravações estava muito confiante e Brian admite não ter tido a mesma confiança, à procura dos riffs certos.
O peso de estar nos Queen: May diz que era duro. Estar numa banda e ter identidade própria. Ter uma voz que não está a ser ouvida pode nos levar a ser maus, não querer compromissos, dogmáticos e ressentidos. Brian diz que todos na banda se sentiram assim (talvez excepto Freddie) e que todos, num dado momento, abandonaram a banda. Revela ainda que nas sessões para o The Game chegou a sair do estúdio para nunca mais regressar. Mas depois voltou “a calçar as luvas” e pronto.

Freddie: Brian revela que o mais próximo dele era Freddie, um diplomata, que uns dias após uma discussão voltava e dizia “Estive a pensar…”. May aponta os tempos em Montreaux nos últimos anos como os mais próximos de Freddie, o qual protegiam de olhares curiosos.
Ainda existiriam os Queen hoje?: Brian é perentório: Sim. O regresso à “Nave Mãe”, como todos apelidavam a banda, era a norma, mesmo quando afastados. Freddie estaria, sem dúvida, ainda no ativo.
Adam Lambert: Brian afirma, quando questionado se deviam ter parado, que fez parte da construção do legado, logo tem direito de continuá-lo. Que tocar está-lhe no sangue e que Rog e ele dão as músicas a Lambert porque podem fazê-lo. Estão no direito deles. Que Lambert as mantém vivas. Sobre um álbum, Brian não sabe se tal irá acontecer, mas que não vê objecção a tal.

Num apanhado rápido às entrevistas, o que dizer? Que Roger, sem surpresa, continua a ser o rocker dos Queen e que Brian é, a nosso ver, o guardião-mor do legado sentimental e musical da banda. Revelações interessantes sobre propostas de outras bandas a ambos. Na entrevista de Taylor destacaria ainda o modo ele se referiu ao período pós morte de Freddie, a década perdida, e na de Brian o peso de estar nos Queen. As discussões acaloradas eram quase como fuel para a música. Mas que no fim das contas, a banda era mais importante que os egos. Freddie teve uma definição interessante para isto: os Queen eram 4 projetos a solo conjugados numa banda. É uma definição perfeita.