"Queen The Greatest Live" – A série The Greatest regressa com uma celebração de um ano dos Queen ao vivo.
Eis a nova série dos Queen - Queen The Greatest Live - que durante 50 semanas irá entrar nos bastidores para revelar o que é necessário para criar um espectáculo da banda. A série irá incluir momentos de performances icónicas dos Queen e, acima de tudo, demonstrar a razão pela qual são considerados o derradeiro espetáculo ao vivo.
Continuamos com a nova série Queen The Greatest Live – desta vez iremos ver em primeira mão como a dedicação dos Queen com os ensaios, teve um papel crucial daquela que é considerada uma das melhores performances na história da música.
O segundo episódio desta nova série, irá novamente explorar a importância que a banda dá aos ensaios, revisitando um das performances mais icónicas da banda – o seu set de 17 minutos, em 1985 no Live Aid, que continua a ser visto como um dos maiores momentos ao vivo da história da música.
Como uma das únicas das bandas que passa o máximo de tempo possível a ensaiar para conseguir tirar o máximo partido do seu curto alinhamento, os Queen são a prova que a preparação é a chave. Felizmente, as câmaras foram autorizadas a captar um pequeno vislumbre deste históricos ensaios em progresso.
O episódio alterna entre filmagens raramente vistas do ensaio e a performance ao vivo de Bohemian Rhapsody, Hammer To Fall e Radio Ga Ga. Apresentando um close-up de Freddie, Roger, John e Brian (aqueles calções!), vestidos de forma casual, a aquecer para o que se tornaria a sua triunfante jukebox global, e uma das melhores performances de Rock 'n' Roll de todos os tempos, apesar de Brian ter recentemente contado à revista Total Guitar que inicialmente saiu de palco a sentir-se nervoso por pensar que aquela teria sido uma das performances mais fracas da banda.
"Nós não fomos lá para [roubar o espectáculo]. Fomos lá para fazer a nossa parte… Quando saímos eu não achei que aquela fosse a nossa melhor performance ou algo do género." Brian dá crédito à confiança de Freddie Mercury durante a performance, como a razão dos Queen serem vistos com tendo "roubado o espetáculo".
"A adrenalina que o Freddie transmitia era realmente magnifica," disse Brian. "Freddie, quando olhas para ele agora, ele parece tão confiante. E ele é… Ele sabe que consegue trazer o público para o seu lado, apesar do facto de ninguém ter comprado os bilhetes para nos ver. Nós não estávamos no alinhamento quando as pessoas compraram todos aqueles bilhetes. Mas eu não acho que o Freddie alguma vez tenha tido alguma dúvida."
Visão partilhada por Roger Taylor: "A partir da palavra "go", ele (Freddie) saiu das amarras como um campeão. Lembro-me de olhar para cima e ver a arena inteira a ficar completamente maluca em unisono e pensar "Oh, isto está a correr bem."
O triunfo completo dessa performance tem sido desde aí, apreciado por gerações demasiado novas para terem testemunhado esta conquista histórica da banda, que foi recriada ao pormenor no sucesso de cinema, Bohemian Rhapsody (2018).
Na próxima semana: EP 3: Ensaios (Parte 3) - Ensaiando a Magia.
Fonte: Queen Online
Eis a nova série dos Queen - Queen The Greatest Live - que durante 50 semanas irá entrar nos bastidores para revelar o que é necessário para criar um espectáculo da banda. A série irá incluir momentos de performances icónicas dos Queen e, acima de tudo, demonstrar a razão pela qual são considerados o derradeiro espetáculo ao vivo.
Neste primeiro episódio temos uma nova e exclusiva com Brian May e Roger Taylor, que revelam os segredos dos seus ensaios.
"Eles chamam-lhe "Kaizen" no Japão; melhoras pequenas coisinhas pelo caminho e de repente o espectáculo inteiro mostra uma melhoria. E é por isso que o espectáculo é tão bom, penso eu. Quer dizer, espero que seja bom. As pessoas dizem que é bom." - Brian May
"Normalmente tocamos uma música inteira e vemos se pensamos se irá funcionar ao vivo. Elas nem sempre funcionam ao vivo. Então há alguns temas, que estão nos álbuns mas que nunca tocámos ao vivo e provalmente por uma boa razão." - Roger Taylor.
Desde os seus primeiros concertos até tocarem para várias centenas no famoso clube de Londres, o Marquee Club em 1973 até aos concertos mais recentes para mais 70,000 pessoas em Sydney na Australia. O único constante na carreira ao vivo dos Queen tem sido o compromisso da banda com o que consideram o aspeto mais crucial para um espetáculo bem sucedido: os ensaios.
Agora no seu triunfante segundo ano, a altamente popular serie do YouTube, Queen The Greatest, regressou a 20 de Janeiro de 2023. Este primeiro episódio dá inicio a um calendário de 12 meses e 50 vídeos que irá trazer aos fãs mais itens do arquivo da banda ao vivo, performances contemporâneas e entrevistas de bastidores que atravessam as cinco décadas de Queen. Complementado com os visuais meticulosamente elaborados por Simon Lupton, o colaborador multimédia de longa data da banda, o Queen The Greatest promete continuar a informar e a fazer as delicias dos fãs mais hardcore, muitos dos quais podem ficar entusiasmados ao reparar que o regresso da série tem agora um novo tema de abertura – uma secção de We Are The Champions especialmente adptada por Brian May
Desde o Live Aid até ao Rock in Rio, os lendários concertos dos Queen têm sido sempre o climax de meses de exaustiva preparação. Como Brian e Roger explicam aqui no primeiro episódio, os ensaios e o processo de soundcheck são uma parte vital da magia que acontece no palco, não apenas ajudando os Queen a esculpir o seu reconhecido som épico mas também afinando equipamentos musicais e mesmo limpando o pó de músicas que raramente aparecem no alinhamento. "E se funciona no Soundcheck," nota Brian, "colocas na próxima noite".
Intercaladas com as novas entrevistas, o episódio 1 também oferece imagens de bastidores de digressões dos Queen, passadas e atuais. Em tempos modernos, vemos o Roger a testar o seu kit de bateria e o frontman Adam Lambert a testar a acústica do estádio. Mas este recente vídeo mergulha ainda mais profundamente nos cofres, trazendo-nos imagens do soundcheck da altura do News of The World, com Freddie Mercury a cantar Tie Your Mother Down para filas de lugares vazios enquanto Brian luta com a sua pedalboard.
A nossa jornada começa com uma nova e exclusiva entrevista com Brian e Roger, para descobrir a importância do primeiro, aspeto crucial de qualquer digressão dos Queen bem-sucedida. Os ensaios.
Brian May: "Ensaiar antes de uma digressão é sempre uma surpresa porque não sabes do quanto te irás lembrar e não sabes se vais sentir o mesmo. Mas é surpreendente como as coisas fluem de volta para ti, para as tuas veias quando se começa a fazer coisas por lá.
Roger Taylor: "Normalmente tocamos uma música inteira e vemos se funciona, se achamos que irá funcionar ao vivo. Algumas delas apenas, não são adequadas para uma entusiasmante e envolvente performance, uma performance ao vivo. Então nós provavelmente, há alguns temas, que estão nos álbuns mas que nunca tocámos ao vivo e provavelmente por uma boa razão."
Brian May: "Nós tentamos muitas coisas e muitas vezes dizermos "Bem, nós fizemos isto da última vez. Bem, talvez vamos fazer aquilo", e defines um alinhamento ainda em bruto muito rapidamente. São necessárias muitas coisas. É tambem necessário aferir o som e certifiarmo-nos que tudo está no lugar na frente, para as pessoas na frente. É necessário verificar o sistema do monitor, certificar que nos podemos ouvir uns aos outros, se eu consigo ouvir o Rog, se ele me consegue ouvir a mim, etc., etc..."
Roger Taylor: "Tem também a ver com as luzes, toda a produção. Então tens muitas coisas para fazer no período de ensaios. E é fácil que as coisas, penso eu, fiquem inacabadas. Então tu sabes que vais sair em digressão, na primeira noite e não vai estar acabado. Vai haver trabalho em progresso, mas essa é a natureza do jogo. Não podes ser perfeito. Não podes bater no chão de forma perfeita. Tu bates no chão, ok? E tu esperas evoluir para o sítio onde queres estar. Então na altura em que chegas ao fim da digressão, és bastante bom."
Para assegurar que esta evolução continua durante a digressão dos Queen, algumas preciosas horas em cada dia de concerto tornam-se vitalmente importantes.
Brian May: "Sound checking é realmente a linha base de andar em digressão. Se não fazes soudcheck enquanto estás no processo de andar em digressão, estás estático e estás como morto. É o que sinto. E sei que também é o que o Roger sente."
Roger Taylor: "Nós simplesmente não nos sentiriamos felizes a não ser que soubessemos onde estava exatamente tudo – o set up, o som, mesmo que estejas a tocar várias noites no mesmo sítio. Tu queres chegar no próximo dia e quase que ter a certeza que tudo está a soar bem. Está bem sintonizado. Que está tudo certo… E poderá ter havido algo com que não ficaste feliz na noite anterior. Tu queres corrigi-lo, sabes. E depois podermos apenas mudar uma música, e então vamos ensaiar um novo tema para acrescentar e apenas tentar várias coisas, realmente. Mas eu penso que o Brian e eu certamente não ficaríamos felizes de entrar sem preparação. Nós gostamos de saber que tudo está certo e, com sorte, nada irá correr mal."
Roger Taylor: "O soundcheck. Normalmente às 16h, eu entro primeiro com a certeza absoluta que o Brian vai demorar décadas, então eu posso fazer o meu rapidamente. Então depois deixo o palco livre e os outros rapazes vão para lá, ritmo, baixo, teclas e eles irão estar a rever algumas coisas, tecnicamente, harmonias, coisas do género. E então o Brian vem fazer o seu som e depois vamos todos como uma equipa e tocamos juntos. Sim, essa é maneira como normalmente funciona. Sim."
Brian May: "Nós chamamos-lhe um soundcheck, mas uma parte dele é verificar o som e é sempre necessário, mas o resto é apenas ir tentando coisas, mesmo que sejam só alguns compassos. Tipo "o que aconteceu ontem à noite? Oh, aconteceu aquilo. E se fizermos assim?". E vais gradualmente, gradualmente evoluindo o espectáculo, encontrando peças que não funcionaram tão bem como poderiam ter funcionado. Talvez possam ser melhoradas. "Oh, vamos exprimentar. Não tentávamos esta música há décadas. Talvez tentamos isto?" E se funciona no soundcheck, incluimos na próxima noite."
Brian May: "Mas podem ser todo o tipo de pequenas, pequeninas, minusculas coisas. Tipo "se fizer isto, sabes, generalmente fazes isso que entra em conflito, sabes, então talvez nós… Oh sim, okay, vou fazer isto". E tu ajustas aquelas coisas que, que melhoram. Eles chamam-lhe "Kaizen" no Japão e melhoras pequenas coisinhas pelo caminho e de repente o espectáculo inteiro mostra uma melhoria. E é por isso que o espectáculo é tão bom, penso eu. Quer dizer, espero que seja bom. As pessoas dizem que é bom"
Na próxima semana: EP 2: Ensaios (Parte 2) - Preparar o maior espectáculo de todos os tempos.
Fonte: Queen OnLine e Arte Sonora