- 20 de jan. de 2023

Este é o título do artigo do jornal The Guardian que nos apresenta um homem chamado Tony King. Um homem que cruzou as histórias dos Beatles, John Lennon, Rolling Stones, Elton John, Ronettes, Roy Orbinson ou Keith Moon. Esteve sempre nos bastidores, como gosta, do rock, da pop e até da disco. E uma vida tão preenchida, agora com os seus 80 anos, daria um livro… E deu mesmo. Chama-se The Tastemaker e parece ser riquíssima nos relatos das pequenas histórias dos grandes da música. E claro, Freddie Mercury ocupa um lugar especial no livro.
King é um nome incógnito nos anais da história da música dos anos 60 até aos 90’s. Todavia, movimentou-se sempre entre os gigantes da indústria. Uma vida profissional na indústria musical iniciada numa pequena loja de discos em Worthing, após uma juventude obcecada com Elvis Presley, até à gigante editora Decca, no olho do furacão dos swinging 60’s de Londres. Daí para a frente tornou-se uma figura respeitada pelos Beatles e os Stones, aos primeiros fornecia discos de R&B (mais tarde, trabalhando com eles na Apple e depois com Lennon a solo) e aos segundos, amizade e confidência (e às vezes um sítio para Richards dormir).

Nos anos 70, tornou-se próximo de Freddie Mercury e Elton John (que acompanhou até aos 90s), que invejava o ar extravagante de King (assumido homossexual desde meados dos 60s). E a Mercury deu o conselho de que se devia abrir sobre a sua sexualidade a Mary Austin. Ainda no livro, uma das partes mais emotivas refere-se à pandemia do HIV, com relatos de gente a morrer pelas ruas de NY. De todos que ele conheceu que morreram da doença, Mercury, diz, foi o mais corajoso. Até ao fim. E mesmo doente, o vocalista dos Queen comprava quadros nos leilões da Christie’s. King relata também que costumava ficar com ele à beira de sua cama, a segurar-lhe a mão, que estava sempre fria, como um osso. Quando as pinturas compradas lhe chegavam ao quarto, Freddie olhava para elas e King perguntava: “Fred, porque fazes isto?”, ao que Mercury replicava “Vou fazer mais o quê? Não posso sair de casa, não posso sair da cama, mas ao menos posso ir às compras”. Um espírito indomável, caracterizava King.

The Tastemaker chega às livrarias em Fevereiro e promete ser uma belíssima cápsula do tempo para uma outra era da música pop, rock e disco.
- 8 de jan. de 2023

Foi na noite de 8 de Janeiro de 1982, que Freddie Mercury se juntou aos TAXI, não os nossos TÁXI, mas uma outra banda com o mesmo nome...
Naquela noite Freddie Mercury havia saído com o seu amigo Peter Straker, com muita diversão e vodka à mistura, a dupla acabaria por passar pelo Hog's Grunt Pub, em Cricklewood – Londres.
No dia em que Elvis Presley completaria o seu 47.º aniversário, Freddie e Peter resolveram surpreender os TAXI com a sua visita. E como se isto não bastasse o vocalista dos Queen decidiu que a dupla deveria fazer uma versão de improviso de Jailhouse Rock com a banda, deixando todos os presentes completamente incredúlos com a sua presença naquele espaço.
Peter Straker recordaria este episódio no seu livro This Was The Real Life:
"Freddie não era snobe e gostava de ir onde todos iam. Numa noite em particular, depois de irmos a alguns pubs de carro com um motorista, a minha banda Taxi liderada pelo Michael Allison, apresentava-se no The Hog's Grunt em Production Village em Cricklewood. Freddie e eu decidimos fazer-lhes uma visita surpresa. No final da atuação da banda, e depois de beber um pouco mais, Freddie decidiu que deveríamos fazer uma versão improvisada de Jailhouse Rock. Embora fosse uma das canções favoritas de Freddie, na época eu mal sabia mais do que a primeira linha. Altamente motivados pela malta da banda e por Freddie, lá conseguimos, apesar da falta de preparação, chegar ao final. Aparentemente, existe um vídeo muito privado desta performance, e eu tenho, pelo uma vez por semana, pesadelos sobre este filme a emergir da obscuridade. No final da música, o público ainda não conseguia acreditar que estávamos lá no palco a fazer aquilo, e algumas pessoas vieram ter connosco para perguntar ao Freddie em total descrença: ‘Tu és realmente o Freddie Mercury?’. Não convencidos, mesmo depois dele ter respondondido que certamente o era, eles provavelmente até hoje ainda não acreditam no que aconteceu diante dos seus olhos."
Esta atuação completamente inesperada de Freddie foi gravada em vídeo amador, no entanto durante trinta e nove anos o número de pessoas com acesso a esse tesouro era bastante reduzido, sendo conhecidas apenas algumas fotografias e printscreens.
O pesadelo de Peter tornou-se realizade, e no ano passado foi disponbilizada a atuação de Freddie no Hog's Grunt Pub, sendo esta uma das histórias menos conhecidas de Freddie Mercury...
- 3 de jan. de 2023
Dos Queen, passando pelos The Cross, e pela parceria de Freddie Mercury com Montserratte Caballé, fiquem então com o nosso vídeo dos lançamentos ocorridos durante este mês de Janeiro.
17/01/1975 – Queen | Now I’m Here
26/01/1979 - Queen | Don't Stop Me Now
25/01/1980 – Queen | Save Me
04/01/1988 – The Cross | Shove It (single)
25/01/1988 – The Cross | Shove It (álbum)
23/01/1989 – Freddie Mercury & Montserratte Caballé | How Can’t I Go On
23/01/1984 – Queen | Radio Ga Ga
14/01/1991 – Queen | Innuendo (single)
05/01/1998 – Queen | No One But You
04/01/2010 – Roger Taylor | The Unblinking Eye