- 14 de nov. de 2017

O guitarrista dos Queen, Brian May, escreveu um tributo emocionado a Lemmy Kilmister, a antiga estrela dos Motörhead. "Uma espécie de herói" e "um homem gentil", são duas das bonitas frases usadas por Brian para descrever Lemmy, que infelizmente perdeu a sua vida dois dias depois de ter sido diagnosticado com cancro. E não seria um tributo a Lemmy, se Brian não tivesse discutido a "sua habilidade para consumir substâncias em quantidades suficientes para anestesiar um rinoceronte". Nas palavras de Brian, os dois, nunca foram amigos próximos, mas no principio de 2015 Brian foi convidado a participar no álbum Bad Magic dos Motörhead, um momento que Brian vai agora "valorizar como nunca". “As palavras não aparecem com facilidade, especialmente quando o Lemmy se iria rir de todos nós, por estarmos a tentar dizer coisas dignas sobre o ele ser uma espécie de herói. Todas as vezes que tentei dizer algo elogioso na cara de Lemmy, ele fixava-me com aquele ar divertido e ao mesmo tempo desdenhoso. Mas apesar disso ele era, com certeza, uma espécie de herói. Único em todas as maneiras imagináveis, ele era uma combinação viva de personalidades. A sua música era alta, abrasiva, intransigente e as suas letras não mostravam, deliberadamente, um pingo de sensibilidade. No entanto, como pessoa ele era um pacifista, um pensador profundo e um homem que gostava e se preocupava de forma profunda com os seus amigos. Eu nunca estive inserido no seu círculo de amigos mais próximos, mas nós encontrávamo-nos com alguma regularidade e ele conseguia sempre dizer algo muito respeitoso a meu respeito, o que me desarmava. Já que ele próprio não gostava de ser elogiado, ou pelo menos parecia. Um dos meus queridos amigos viveu com o Lemmy durante dez anos e ela falava sempre dele, dizia-me que o Lemmy era um homem gentil, muito diferente da sua persona pública, e que nunca se desviou da sua visão dura do mundo. Lemmy era um homem muito culto e que lia bastante - no entanto, ao vê-lo colado a uma máquina quase toda uma noite no Rainbow Bar and Grill na Sunset Strip, nunca o teríamos imaginado. Aliás, esse bar, mergulhado na história do Rock and Roll, irá sempre ter a sua marca espiritual. Nós entramos neste mundo como bebés, e moldamo-nos para aquilo que queremos ser. Lemmy – como produto da sua própria vontade, tem que ser o molde original de um ícone do Hard Rock. Lemmy vivia a sua música e a sua persona dentro da sua música, a 100%. Os Motörhead foram durante a maior parte da sua história, uma banda de 3 elementos – não deixando espaço para frescuras – e essas três peças ( às vezes quatro) estavam freneticamente sempre no máximo. Eu lembro-me de ser convidado deles na Brixton Academy, e foi possivelmente a maior experiência ensurdecedora da minha vida. A maioria das bandas - apesar do sistema de som parecer poderoso e assustador, mantém de facto o som num máximo controlado, sendo o volume verdadeiro para o público, fornecido através do ligar tudo a um enorme sistema de PA. Os Motörhead nem tanto. A pilha gigante de speakers atrás deles estavam todas ligadas e no máximo de volume que se podiam colocar. ( OK – 11 ! ). O som do baixo do Lemmy era o mesmo que estar dentro de uma gigante máquina pulverizante, um espectro de frequência. Não era um som de baixo convencional de todo. Mesmo que nenhum instrumento estivesse a tocar ao mesmo tempo, o baixo do Lemmy era ensurdecedor. E ele estava a martelar (e eu escolho as minhas palavras com cuidado) à volta de 200 notas por minuto muitas das vezes. Foi, e é, único. E por cima deste som monumental, estava a sua distinta voz rouca, mergulhada em tabaco. É difícil reconhecer Lemmy no seu trabalho mais antigo, devido ao monstro em que se tornou, mas era magnífico na mesma, nos psicadélicos Hawkwind, quando nós (Queen) tocámos com eles em Epsom Baths (será que foi aí?) à volta de 1970. Depois Lemmy saiu da banda para a sua própria banda com um estilo mais duro. Eu não me lembro da primeira encarnação da banda, mas eu conhecia o Fast (alcunha apropriada) Eddie Clarke como guitarrista do Lemmy nos primeiros tempos e conhecia também o Philthy Animal como baterista, e a banda tinha uma enorme energia primitiva. Também me lembro do Wurzel, uma força lendária. Mas nos anos seguintes que eu me lembro, o fantástico Phil Campbell era o guitarrista, igualmente louco e perigoso, mas com umas qualidades técnicas maravilhosas. Eu podia continuar. E o jeito do Lemmy para envergonhar as pessoas (incluindo eu), e a sua habilidade para consumir substâncias em quantidades suficientes para anestesiar um rinoceronte. Mas é suficiente. As coisas mais importantes estão na sua música. O Phil convenceu-me a tocar no mais recente álbum deles, uma honra que irei valorizar mais que nunca. É numa música chamada The Devil. Se existe justiça, o Lemmy estará num bar de Rock and Roll celestial, a beber Jack Daniels com o Diabo a seu lado, com os dois a rirem-se das coisas estranhas da vida. DEP Lemmy.”
- 19 de jul. de 2017

O Queen Portugal, quer desejar um feliz aniversário ao grande Dr. Brian May. Desde os solos em The Millionaire Waltz ou I Want It All, até composições como It's Late ou Save Me, Brian tem sido uma fonte de felicidade para milhares de fãs dos Queen. Aquilo que o seu trabalho já nos proporcionou, tem um impacto como poucos o conseguem ter, na vida de desconhecidos. Portanto, e tal como Brian defende animais por todo o mundo, também nós nos juntamos por uma causa, a de desejar um feliz aniversário ao "nosso" guitarrista. Happy Birthday Dr. Brian May!
- 3 de mar. de 2017

Brian May e Kerry Ellis anunciaram o lançamento de "Golden Days", o esperado segundo álbum para sairá em breve. O álbum contém 13 músicas, incluindo cinco composições originais, duas por Brian, incluindo a música que dá nome ao álbum e outros três temas por Brian e Kerry. Golden Days será lançado no Reino Unido e na Irlanda em Abril. O álbum contém também, arranjos rock de algumas das músicas preferidas de todos os tempos, de Brian e Kerry: um tributo ao virtuoso da guitarra Gary Moore, duas músicas dedicadas ao trabalho de ambos com animais selvagens e algumas reinterpretações de músicas que foram importantes na carreira dos dois. Em 2010, o álbum de estreia de Kerry Ellis, produzido por Brian - Anthems, deu ao duo algum sucesso nas tabelas que acabou por potenciar uma tour muito bem sucedida. "Este álbum é uma verdadeira colaboração entre mim e a Kerry", disse Brian. "Há cinco anos atrás, 'Anthems' foi o resultado de eu produzir o álbum de uma excitante nova artista - Kerry Ellis. Este novo álbum, tem os nossos dois nomes lá, e experimenta algo novo. Nós produzimos juntos, como uma equipa. Estou confiante que é o melhor que já fizemos e é um digno testamento a 13 anos de fé e acreditar. E por acaso ela (Kerry) tem uma das vozes britânicas mais lindas." Desde que fizeram a sua primeira tour com "Anthems" no Reino Unido em 2011, Brian e Kerry já fizeram mais outras cinco tours no Reino Unido, bem como uma tour por Itália e Europa de Leste. Tocaram também, em concertos singulares de perfil elevado, tal como aconteceu no prestigiado Montreux Jazz Festival, ou no San Remo Festival em Itália, e mais recentemente num triunfante concerto na Arena di Verona, num crossover para Ópera. No agora estabelecido estilo de fusão, típico de Brian e Kerry, este álbum tem o radical arranjo rock do clássico "Born Free", por parte de Brian, a colaboração May-Ellis em "The Kiss Me Song", uma versão de "One Voice" de Ruth Moody e uma nova versão de "Amazing Grace". Estas músicas, juntam-se a outras de compositores intemporais como Björn Ulvaeus e Benny Anderson, bem como os lendários compositores americanos Jerry Leiber e Mike Stoller. Juntam-se também músicas com uma energia altíssima, como "It's Gonna Be All Right (The Panic Attack Song)" e "Roll With You", bem como a retro-psicadélica "Love In A Rainbow". Com isto, ficamos conscientes do largo espectro musical que a química entre Brian e Kerry nos traz. Embora sejam fortes nas suas carreira em separado, Brian May e Kerry Ellis têm vindo a desenvolver a sua própria interacção musical como uma parceria criativa durante 13 anos, tanto no estúdio como ao vivo. O que à primeira vista, poderá parecer uma improvável união de diferentes estilos, evoluiu de forma a ter a sua própria força única - uma nova e original força na música. "Este novo álbum foi uma verdadeira viagem de descobrimento e sinto-me tão orgulhosa de como eu e o Brian nos desenvolvemos ao longo dos anos; aprendemos a trabalhar juntos e a inspirarmos-nos mutuamente, de forma a criamos performances especiais bem como música," disse Kerry Ellis. "Este álbum é uma mistura das nossas experiências e tem uma história forte, por trás de cada música. O Brian e eu divertimo-nos tanto a desenvolvê-lo e mal posso esperar para que as pessoas o oiçam." O álbum será lançado pela Sony Music label a 7 de Abril. Pré-reserva Brian May & Kerry Ellis – GOLDEN DAYS 1. Love In A Rainbow (Brian May, Kerry Ellis) 2. Roll With You (Brian May, Kerry Ellis) 3. Golden Days (Brian May) 4. It's Gonna Be All Right (The Panic Attack Song) (Brian May) 5. Amazing Grace (John Newton, Trad. Arr, Brian May) 6. One Voice (Ruth Moody) 7. If I Loved You (Oscar Hammerstein II, Richard Rodgers) 8. Born Free (John Barry, Don Black) 9. Parisienne Walkways (Phil Lynott, Gary Moore) 10. I Who Have Nothing (Carlo Donida, Mogol, Jerry Leiber, Mike Stoller) 11. The Kissing Me Song (Brian May, Kerry Ellis) 12. Story Of A Heart (Björn Ulvaeus, Benny Andersson) 13. Can't Help Falling In Love (Hugo Peretti, Luigi Creatore, George David Weiss)