O esperado filme biográfico sobre os Queen da 20th Century Fox "Bohemian Rhapsody" está preparado para arrasar, com a data de lançamento de 1 de Novembro em Portugal, os problemas à volta da sua muito trabalhada produção desvaneceram no brilho dos trailers já lançados.
Passamos a publicar estratos de uma entrevista dada em Outubro de 2017 ao site TheRedSpecial.com, com Brian May e o criador das duas guitarras usadas no filme, Andrew Guyton.
No final desta entrevista temos imagens dos pormenores recriados em cada guitarra.
TheRedSpecial.com: Por favor fale-nos das guitarras que estão a ser usadas no filme.
Brian May: Foi pedido ao Andrew Guyton para fazer guitarras com o propósito de serem usadas no filme, e ele fez duas guitarras diferentes que representam a minha Red Special no passado. Uma para o Live Aid e outra para o Madison Square Garden nos anos 70, ele fê-las absolutamente fiéis à aparência e estado de conservação que tinham à data: é estranho de se ver. Alturas em que tinha pedaços de fita a segurá-la, alturas em que o braço estava gasto e tinha perdido alguma da sua cor, os danos que tinha. Ele reproduziu tudo até ao mais pequeno detalhe.
Andrew Guyton: Eles enviaram-me um e-mail a dizer que queriam adereços para o filme, mas não sabiam exactamente o que fazer. No início, eles pensaram em modificar umas BMG Supers, e perguntaram-me se podia construir três em três semanas. Essa era a ideia original, mas eu disse-lhes que era impossível fazê-lo naquele espaço de tempo. Depois de uma troca de ideias, concordámos que eu iria construir duas, uma igual à alturas das gravações da Bohemian Rhapsody e outra da época do Live Aid. Começámos pela primeira e isso durou duas semanas - aliás, ambas duraram duas semanas a construir – mas ambas foram acabadas a tempo!
RS.com: Presume-se que elas têm as marcas de uso e de desgaste correctas para a época que representam...
BM: A que o Gwilym, que faz de mim no filme, está a usar nesta altura para recriar o período do Rockfield tem um pedaço de papel vermelho a tapar um buraco. Ele está a fazer a cena onde eu estou a gravar o solo da Rhapsody – provavelmente não deveria estar a contar-vos isto! - e o Freddie está a ouvir e a comentar. Eu costumava enrolar as cordas e ele reproduz isso, e os danos exactos que o braço tinha. É surpreendente!
AG: Eu tentei recriar o envelhecimento das guitarras o mais preciso que consegui, tendo em conta o tempo que me deram. Se pensarmos naquilo que uma guitarra passa ao longo dos tempos e o impacto que tem, como por exemplo no braço, existe um desgaste gradual. Obviamente que há muito dano causado por uma sixpence e colocar 30 anos de danos numa guitarra é muito difícil. Eu usei uma escova de aço e um pedaço de uma moeda para o efeito.
RS.com: O que usou como referência?
AG: Usámos todas as fotografias que conseguimos encontrar e tivemos ajuda do Greg Brooks e do arquivo dos Queen. Ele enviou-nos muitas imagens, especialmente dos anos 70, porque embora existam muitas fotografias a circular, poucas têm a qualidade necessária. Umas das coisas nas quais ficámos presos foi no indicador do botão do volume (da versão da era do Live Aid); parecia mudar ao fim de uns anos.
RS.com: Existiram outros problemas?
AG: Os afinadores nos anos 70 foram um grande problema; tentar encontrá-los online foi um pesadelo. Por isso falei com um colega, Martyn Booth, para ver se ele tinha alguns e ele deu-me os da sua primeira guitarra. Ele tinha a certeza que eram iguais. Tivemos que modificá-los mas não foi tão mau como eu pensava que seria.
RS.com: Quão parecidas estão as guitarras adereço em termos de construção, comparadas com a Red Special original?
AG: Os braços são de mogno e carvalho. O corpo é contraplacado.
RS.com: Funcionam como guitarras normais?
AG: São "bonecos" mas tudo funciona mecanicamente, mas não há som se as tocarmos, nada está ligado com fios.
BM: Elas funcionam, são guitarras normais. Não sei o que faremos com eles, talvez algo para a caridade. Isso seria fantástico.
Fonte: TheRedSpecial.com
Red Special dos anos 70. RS prop. Imagem da Guyton Guitars
Red Special da época do Live Aid - The neck pickup and fingerboard from. RS prop Imagem da Guyton Guitars
A neo-legendária ‘red dot’… RS prop. Imagem da Guyton Guitars
Red Special da época do Live Aid - Desgaste da parte traseira. Nota para o pedaço de fita a segurar. RS prop. Imagem da Guyton Guitars
Red Special da época do Live Aid - Botão de volume RS prop. Imagem da Guyton Guitars
Red Special dos anos 70 - Os afinadores em aproximação. RS prop. Imagem da Guyton Guitars
Uma das Red Special's adereço em construção. RS prop. Imagem da Guyton Guitars.
Red Special da época do Live Aid - The preworn Tri-Sonics covers RS prop. Imagem da Guyton Guitars
Red Special da época do Live Aid - A ponta do braço de vibrato RS prop. Imagem da Guyton Guitars
Corpo de uma das Red Special's adereço em construção. RS prop. Imagem da Guyton Guitars.
NOTA: ESTA NÃO SERÁ A CAPA FINAL DO LIVRO
O filme Bohemian Rhapsody, irá contar com o seu livro oficial, realizado em parceria entre a Queen Productions e a 20th Century Fox.
O autor entrevistou parte do elenco e da equipa, para contar como a incrível história de Freddie Mercury e dos Queen foi trazida para o grande ecrã.
Alguns dos grandes momentos dos Queen foram recriados para o filme, incluindo o Live Aid bem como outras grandes actuações.
Tudo isso e mais, é descrito e mostrado neste livro.
O livro tem 160 páginas, é publicado a 4 de Outubro de 2018 tem o valor de 20.00£ (aproximadamente 22,60€) e já está em pré-venda, não existindo ainda conhecimento de pré-venda para Portugal, sendo que até ao momento só existe a versão do livro em Inglês.
Recordamos que Bohemian Rhapsody tem estreia marcada para Portugal dia 1 de Novembro.
Peter Freestone revelou detalhes sobre as filmagens do filme biográfico de Freddie Mercury e dos Queen.
Celebrou-se o Queen Day na Holanda, no qual esteve presente o antigo assistente pessoal de Freddie Mercury, Peter Freestone, que deu uma palestra sobre como será o filme Bohemian Rhapsody.
Entre os aspectos mais importantes encontram-se, por exemplo, o podermos ver Freddie na sua primeira etapa no seu lugar de nascimento e também o jovem Bulsara com a sua família já em Inglaterra.
Também poderemos ver algumas cenas com a banda Smile, anterior aos Queen, formada por Brian May, Roger Taylor e Tim Staffell.
O que mais surpreende é que Mary Austin, herdeira de 50% do património de Freddie Mercury, não ter permitido que se filmasse em Garden Lodge, mansão do cantor em Londres, pelo que se teve que recriar num cenário.
Outro aspecto a destacar, segundo conta Freestone, é que se mostra o momento em que é comunicado a Freddie que tem o vírus da SIDA.
Peter também revelou que existirão algumas liberdade artísticas, como por exemplo, saltos temporais para que exista uma coerência no argumento do filme.
Além disso, contou que Bryan Singer será o realizador creditado, já que este planeou o filme todo, com excepção das últimas semanas de filmagens, dirigidas por Dexter Fletcher.
Fonte: A Queen Of Magic
